“Deputados extremistas impedem audiência e desrespeitam o Poder Legislativo”, denuncia Dino
Segundo o ministro, a sequência de atitudes ameaçadoras, ofensivas e agressivas de deputados extremistas impediu realização da audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara
247 — A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados foi palco de uma sessão tensa nesta terça-feira (11), quando o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), deixou a reunião após cerca de uma hora e meia. Deputados de oposição gritaram “fujão” quando Dino deixou a sessão.
De acordo com o ministro, a sequência de atitudes ameaçadoras, ofensivas e agressivas de deputados extremistas impediu a realização da audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara. Dino classificou a atitude como um desrespeito ao povo brasileiro e ao próprio Poder Legislativo.
“Infelizmente deputados extremistas adotaram uma sequência de atitudes ameaçadoras, ofensivas e agressivas, impedindo a realização de audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara. Considero um desrespeito ao povo brasileiro e ao próprio Poder Legislativo”, disse o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB).
Durante a sessão, Dino, afirmou que um novo decreto sobre armas de fogo no País deve estar pronto em maio, provocando a ira de bolsonaristas.
O presidente da comissão, deputado Sanderson (PL), alertou que o ministro iria embora caso as interrupções continuassem. A sessão foi repleta de discussões, tapas na mesa e deputados apontando o dedo na cara uns dos outros.
Cabo Gilberto Silva (PL) afirmou que Dino não estava ali como senador, mas como ministro. Ele destacou que, se estivesse como senador, não teria processado cinco parlamentares dessa Casa e dois senadores. Quando Dino tentou responder, o deputado o cortou.
Outro deputado, Éder Mauro (PL), afirmou que “a questão do respeito na CCJ não aconteceu e beneficiou a esquerda”. Ele lembrou da ofensa ao deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que foi chamado de “chupetinha”. Mauro pediu que os deputados falassem sem ameaçar que o ministro levantasse e fosse embora.
Ao longo da sessão, Sanderson alertou que parlamentares que não são membros da comissão estavam atrapalhando e que todos deveriam manter a ordem mínima para que a reunião pudesse seguir. Apesar dos apelos do presidente, os embates e interrupções continuaram sendo frequentes.
A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados deve fazer uma nova convocação para ouvir o ministro da Justiça em outra data. No entanto, é importante destacar que a tensão entre governo e oposição pode dificultar o diálogo e o trabalho no Congresso Nacional.
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