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    Dino: relatório da Transparência Internacional é "atípico" e "anômalo"

    Relatório da ONG, aliada ao lavajatismo, aponta um aumento na 'percepção de corrupção' no Brasil. "O que mudou é que nós pusemos fim à política de espetacularização", diz Dino

    Flávio Dino (Foto: José Cruz / Agência Brasil)

    247 - O ministro da Justiça, Flávio Dino, fez nesta quarta-feira (31) um balanço de sua gestão à frente da pasta. Ele deixa o cargo para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF) e será substituído pelo ministro aposentado do STF Ricardo Lewandowski, já nesta quinta-feira (1). 

    Durante seu discurso, Dino mencionou o relatório da ONG Transparência Internacional que indica um suposto aumento na 'percepção de corrupção' no Brasil. Ele chamou o relatório de "atípico" e "anômalo" e destacou que o fim da "espetacularização" do combate à corrupção não significa que tal combate não esteja sendo feito. "Ontem, com espanto, eu vi um atípico, anômalo relatório dizendo que a corrupção no Brasil tinha aumentado e afirmações bastante exóticas, inclusive, nesse estudo. E eu demonstro aqui que a Polícia Federal continua sim, firmemente, todos os dias, combatendo a corrupção. O que mudou é que nós pusemos fim à política de espetacularização do combate à corrupção, que é uma forma de corrupção. Quem usa corrupção como forma de combate à corrupção como bandeira política é tão corrupto quanto o corrupto. E foi essa mudança que nós fizemos, mas as operações aí estão", afirmou. >>> Gilmar Mendes alerta para fragilidade do relatório da Transparência Internacional

    Segundo Dino, em 2023 a Polícia Federal fez 227 operações relativas a corrupção, efetuou 147 prisões, cumpriu 2.091 mandados e apreendeu R$ 897 milhões em bens e valores.

    Artigos publicados no Brasil 247 pelo jornalista Joaquim de Carvalho revelaram como a Transparência Internacional foi parte do projeto de poder do ex-juiz suspeito Sergio Moro e do ex-deputado cassado Deltan Dallagnol. Reportagem do portal Consultor Jurídico também aponta que a ONG receberia ganhos financeiros com as multas direcionadas à "fundação Lava Jato", que Dallagnol tentou criar. Artigo do jornalista Marcio Chaer, editor do Conjur, também destaca como a Transparência Internacional se envolveu em grandes oportunidades comerciais, que foram abertas após empresas brasileiras serem atingidas pela Lava Jato. Ao que tudo indica, portanto, os relatórios da ONG atendem mais aos seus interesses econômicos do que ao combate à corrupção.

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