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    Dirceu vislumbra projeto "de 8 a 12 anos" para o PT no governo e prega foco nas eleições municipais

    "Quando ganhamos em 2002 eu disse que tínhamos que ter uma perspectiva de 20 anos. Teríamos governado por esse período se a Dilma não tivesse sofrido golpe", afirmou o ex-ministro

    José Dirceu e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Lula Marques I Johanna Geron - Reuters)

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    247 - O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, em entrevista à CNN Brasil, discutiu o cenário político para o Partido dos Trabalhadores (PT) e seus planos para os próximos anos, especialmente nas eleições municipais de 2024.

    Questionado sobre o atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que iniciou seu terceiro mandato em 2023, Dirceu expressou otimismo em relação ao futuro do partido. Ele destacou um processo de crescimento que enxerga no horizonte, afirmando: "Vai começar um processo de crescimento, eu sempre vejo de 8 a 12 anos. Quando nós chegamos no governo [em 2002] eu disse que nós tínhamos que ter uma perspectiva de 20 anos e nós tivemos. Se a Dilma não tivesse sofrido golpe, nós teríamos governado o Brasil por 20 anos."

    Dirceu enfatizou que o PT não é apenas uma força de esquerda, mas sim um bloco social que representa o desenvolvimento do Brasil, defendendo os interesses das classes trabalhadoras e das camadas médias. Ele enxerga as eleições municipais como o primeiro passo para o crescimento do PT, reconhecendo que não será uma tarefa fácil. >>> LEIA TAMBÉM: José Dirceu defende reeleição de Lula

    "Por exemplo, por que eu estou dizendo que eu quero, como militante, ajudar o Boulos [deputado federal pelo PSOL e candidato à prefeitura de São Paulo nas eleições de outubro deste ano]? Porque é muito importante vencer em SP. Nós vamos crescer no Brasil todo, até porque nós temos governos, participamos de governos de outros partidos, nós vamos crescer muito. Nós vamos sair da situação de decréscimo que foi em 2016 e 2020 e nós vamos começar uma ascensão e é importante eleger prefeitos que apoiam o governo do Lula", disse.

    O ex-ministro destacou a força de Lula, que, segundo ele, possui 60% de votos em mais de 2 mil cidades, e afirmou que isso precisa ser usado para eleger vereadores e prefeitos, pensando em pavimentar o caminho para 2026. "Vereador e prefeito são também a base da eleição dos deputados estaduais, federais, senadores e dos próprios governadores. Então acho que é um momento de ascensão nosso, eu tenho certeza. A nossa presidente Gleisi Hoffmann está comandando o processo, o Humberto Costa está dirigindo o grupo eleitoral e eu acho que nós vamos conseguir", concluiu.

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