Diretor do Butantan acusa Anvisa de Bolsonaro: morte não está relacionada à Coronavac e não há motivo para suspensão de teste
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que a morte usada como justificativa pela direção bolsonarista da Anvisa para suspensão dos testes da Coronavac trata-se de "um óbito não relacionado à vacina" . Ele acusa: "não existe nenhum momento [ou motivo] para interrupção do estudo clínico" da vacina no Brasil.
247 - O diretor geral do Instituto Butantan em São Paulo, Dimas Covas, acusou nesta segunda-feira (9) a Anvisa, sob direção do bolsonarismo, de suspender os testes da Coronavac sem qualquer motivo técnico. A vacina é desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o governo do Estado de São Paulo. O governo chinês e João Doria são dois dos alvos permanentes de Jair Bolsonaro, que tem atacado sistematicamente a Coronavac.
Dimas Covas, afirmou que a morte usada como justificativa pela direção bolsonarista da Anvisa para suspensão dos testes da Coronavac trata-se de "um óbito não relacionado à vacina" . Ele acusa: "não existe nenhum momento [ou motivo] para interrupção do estudo clínico" da vacina no Brasil, informa o G1.
Em nota, o governo de São Paulo disse que "lamenta ter sido informado pela imprensa e não diretamente pela Anvisa" sobre a suspensão da vacina.
"A Anvisa foi notificada de um óbito, não de um efeito adverso. Isso é diferente. Nós até estranhamos um pouco essa decisão da Anvisa, porque é um óbito não relacionado à vacina. Ou seja, como são mais de 10 mil voluntários nesse momento, pode acontecer óbitos. Nesse momento, [o voluntário] pode ter um acidente de trânsito e morrer. Ou seja, é um óbito não relacionado à vacina. É o caso aqui. Ocorreu um óbito, que não tem relação com a vacina. Portanto, não existe nenhum momento [ou motivo] para interrupção do estudo clínico", disse Dimas Covas na TV Cultura nesta segunda (9).
A Coronavac é uma das candidatas a vacina contra o coronavírus e é desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech, em parceria com o Instituto Butantan em São Paulo. Com a interrupção do estudo, nenhum novo voluntário poderá ser vacinado.
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