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    Diretor do Deic é citado em delação de Gritzbach e vai ser afastado

    As denúncias vieram à tona após o empresário ter sido ouvido pelo Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado (Gaeco)

    (Foto: Reprodução)

    247 - O empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, 38 anos, assassinado em 8 de novembro no Aeroporto Internacional de Guarulhos, havia feito revelações bombásticas antes de sua morte. Em delações ao Ministério Público de São P

    aulo (MP-SP), ele citou um esquema de corrupção envolvendo o delegado Fábio Pinheiro Lopes, diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic); o deputado estadual Delegado Olim (PP); e o advogado Ramsés Benjamin Samuel Costa Gonçalves. As informações são do UOL.

    As denúncias vieram à tona após o empresário ter sido ouvido pelo Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Gritzbach relatou que o advogado Ramsés teria solicitado R$ 5 milhões para "resolver problemas" com a polícia, incluindo a devolução de seu passaporte apreendido, o desbloqueio de bens e a liberdade em processos judiciais.

    O esquema e as provas apresentadas
    Conforme o depoimento, o empresário foi apresentado ao advogado em março de 2022. Ramsés teria organizado reuniões com o delegado Fábio Pinheiro Lopes, conhecido como "Fábio Caipira", e um deputado estadual do Partido Progressista, prometendo influenciar decisões policiais e judiciais.

    Gritzbach declarou ter realizado pagamentos por meio de dois apartamentos, cheques e transferências bancárias no valor de R$ 300 mil, entregues em junho de 2022. O empresário também apresentou prints de mensagens enviadas por Ramsés via WhatsApp, que sugeriam a contagem de parte da propina no Deic, além de uma foto do advogado na Assembleia Legislativa de São Paulo.

    O delegado Fábio Pinheiro negou as acusações, afirmando que “o delator não teve nenhuma vantagem” e que os imóveis usados para o pagamento estão registrados no nome de Ramsés e de sua filha.

    Prisões e investigações em curso
    A Polícia Federal já prendeu quatro policiais civis relacionados a outro esquema delatado por Gritzbach: o delegado Fábio Baena Martin e os investigadores Eduardo Monteiro, Marcelo Souza e Marcelo Ruggieri, atualmente no Presídio Especial da Polícia Civil. Rogério Almeida Felício, o quinto acusado, permanece foragido.

    Além disso, foram detidos o advogado Ahmed Hassan Saleh, conhecido como Mudi, e os empresários Robinson Granger Moura (Molly) e Ademir Pereira de Andrade, investigados por ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

    Deputado nega envolvimento
    O deputado Delegado Olim repudiou as acusações e afirmou que seu nome foi usado indevidamente. "A acusação é mentirosa e o advogado utilizou os nomes de várias autoridades para obter vantagens. Tomarei todas as medidas legais cabíveis", declarou o parlamentar.

    Desdobramentos e contexto
    O assassinato de Gritzbach, ocorrido dias após sua última delação à Corregedoria da Polícia Civil, reforça suspeitas de retaliação. Ramsés Benjamin, peça-chave nas denúncias, tem antecedentes por estelionato, violência doméstica e lesão corporal, conforme a Polícia Civil. Até o momento, ele não foi localizado para se manifestar.

    O caso, que expõe a corrupção dentro de instituições públicas, continua sendo investigado pelas autoridades, enquanto cresce a pressão por medidas mais severas contra o uso de influência e redes de propina no sistema de justiça.

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