247 - O empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, 38 anos, assassinado em 8 de novembro no Aeroporto Internacional de Guarulhos, havia feito revelações bombásticas antes de sua morte. Em delações ao Ministério Público de São P
aulo (MP-SP), ele citou um esquema de corrupção envolvendo o delegado Fábio Pinheiro Lopes, diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic); o deputado estadual Delegado Olim (PP); e o advogado Ramsés Benjamin Samuel Costa Gonçalves. As informações são do <a href="https://noticias.uol.com.br/colunas/josmar-jozino/2024/12/20/caso-gritzbach-delacao-ao-gaeco-cita-diretor-do-deic-e-deputado-de-sp.htm">UOL.</a>
As denúncias vieram à tona após o empresário ter sido ouvido pelo Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Gritzbach relatou que o advogado Ramsés teria solicitado R$ 5 milhões para "resolver problemas" com a polícia, incluindo a devolução de seu passaporte apreendido, o desbloqueio de bens e a liberdade em processos judiciais.
O esquema e as provas apresentadas 
Conforme o depoimento, o empresário foi apresentado ao advogado em março de 2022. Ramsés teria organizado reuniões com o delegado Fábio Pinheiro Lopes, conhecido como "Fábio Caipira", e um deputado estadual do Partido Progressista, prometendo influenciar decisões policiais e judiciais.
Gritzbach declarou ter realizado pagamentos por meio de dois apartamentos, cheques e transferências bancárias no valor de R$ 300 mil, entregues em junho de 2022. O empresário também apresentou prints de mensagens enviadas por Ramsés via WhatsApp, que sugeriam a contagem de parte da propina no Deic, além de uma foto do advogado na Assembleia Legislativa de São Paulo.
O delegado Fábio Pinheiro negou as acusações, afirmando que “o delator não teve nenhuma vantagem” e que os imóveis usados para o pagamento estão registrados no nome de Ramsés e de sua filha.
Prisões e investigações em curso 
A Polícia Federal já prendeu quatro policiais civis relacionados a outro esquema delatado por Gritzbach: o delegado Fábio Baena Martin e os investigadores Eduardo Monteiro, Marcelo Souza e Marcelo Ruggieri, atualmente no Presídio Especial da Polícia Civil. Rogério Almeida Felício, o quinto acusado, permanece foragido.
Além disso, foram detidos o advogado Ahmed Hassan Saleh, conhecido como Mudi, e os empresários Robinson Granger Moura (Molly) e Ademir Pereira de Andrade, investigados por ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Deputado nega envolvimento 
O deputado Delegado Olim repudiou as acusações e afirmou que seu nome foi usado indevidamente. "A acusação é mentirosa e o advogado utilizou os nomes de várias autoridades para obter vantagens. Tomarei todas as medidas legais cabíveis", declarou o parlamentar.
Desdobramentos e contexto 
O assassinato de Gritzbach, ocorrido dias após sua última delação à Corregedoria da Polícia Civil, reforça suspeitas de retaliação. Ramsés Benjamin, peça-chave nas denúncias, tem antecedentes por estelionato, violência doméstica e lesão corporal, conforme a Polícia Civil. Até o momento, ele não foi localizado para se manifestar.
O caso, que expõe a corrupção dentro de instituições públicas, continua sendo investigado pelas autoridades, enquanto cresce a pressão por medidas mais severas contra o uso de influência e redes de propina no sistema de justiça.

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Brasil

Diretor do Deic é citado em delação de Gritzbach e vai ser afastado

247 - O delegado Mauro Guimarães Soares, de 59 anos, foi assassinado a tiros na manhã deste sábado (21), no bairro da Lapa, zona oeste de São Paulo. O crime ocorreu por volta das 7h30, quando o delegado, que atuava no Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), foi abordado enquanto caminhava com sua esposa, que também é policial.
De acordo com informações da Polícia Civil, Mauro e sua esposa estavam caminhando por uma rua residencial do bairro quando foram surpreendidos por um homem armado que tentou realizar um assalto. O criminoso, identificado como Enzo Vagner Lima Campos, disparou contra o delegado, que foi atingido por vários tiros e morreu no local.
Em uma ação rápida, a esposa de Mauro, que estava ao seu lado no momento do ataque, conseguiu reagir, dominando o atirador e desarmando-o. A polícia foi acionada imediatamente, e o suspeito foi detido no local.
A esposa de Enzo esteve no local, para socorrê-lo, e acabou levada à delegacia, para prestar esclarecimentos.
Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram chamadas, mas ao chegarem ao local constataram que o delegado já estava sem vida. A área foi isolada para o trabalho da perícia.
Mauro Guimarães Soares era um delegado de destaque no DEIC, conhecido por sua atuação firme contra o crime organizado e o tráfico de drogas em São Paulo. 
O assassinato dele chocou os colegas de profissão, que lamentaram profundamente a perda. O delegado-geral da Polícia Civil, Osvaldo Nico Gonçalves, afirmou que todas as forças serão mobilizadas para esclarecer o crime e levar os responsáveis à justiça. “Perdemos um grande profissional e um defensor da sociedade. A Polícia Civil está de luto”, declarou.
A polícia agora trabalha com a hipótese de tentativa de assalto, mas não descarta outras motivações, como uma possível retaliação a investigações conduzidas por Mauro, dada sua longa experiência no combate ao crime organizado.
O criminoso foi levado para uma delegacia da região e deverá ser interrogado nas próximas horas. A esposa do delegado, apesar do choque emocional, saiu ilesa da situação e já prestou depoimento.
O assassinato de Mauro Guimarães Soares provocou comoção entre as forças de segurança e repercussão no meio político. O governador de São Paulo expressou condolências à família do delegado, destacando a importância de seu trabalho na segurança pública.
O velório e o sepultamento de Mauro Soares devem ocorrer no domingo (22), em uma cerimônia reservada para familiares e amigos.
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Joaquim de Carvalho

Sudeste

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