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    Dodge opina contra pedido de Lula por suspeição de Moro

    Em mais um capítulo do alinhamento do Judiciário com o golpe, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, opinou contra pedido da defesa de Lula para anular o processo do triplex em Guarujá (SP), após o site Intercept Brasil divulgar reportagens mostrando diálogos do ex-juiz Sérgio Moro com procuradores em que o atual ministro da Justiça interfere no trabalho do MPF-PR para tirar o ex-presidente da eleição de 2018. De acordo com a chefe da PGR, é preciso se confirmar a autenticidade dos diálogos. "A sua autenticidade não foi analisada e muito menos confirmada", disse

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    247 - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, opinou nesta sexta-feira (21) contra pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para anular o processo do triplex em Guarujá (SP), após o site Intercept Brasil divulgar reportagens monstrando diálogos do ex-juiz Sérgio Moro com procuradores em que o atual ministro da Justiça interferiu no trabalho do Ministério Público Federal (MPF-PR) para tirar Lula da eleição de 2018.

    O Supremo Tribunal Federal marcou par aa próxima terça-feira (25) o julgamento sobre o pedido feito pela defesa do ex-presidente. 

    De acordo com a chefe da PGR, é preciso se confirmar a autenticidade dos diálogos. "É que o material publicado pelo site The Intercept Brasil, a que se refere a petição feita pela defesa do paciente, ainda não foi apresentado às autoridades públicas para que sua integridade seja aferida. Diante disso, a sua autenticidade não foi analisada e muito menos confirmada", disse Dodge.

    Segundo a procuradora, "estas circunstâncias caracterizam, neste momento, um elevado grau de incerteza o que impede que as mensagens sejam usadas como evidência para corroborar a alegação de suspeição".

    Uma conversa entre membros da Lava Jato revela que a procuradora Laura Tessler, da força-tarefa, deixou de participar de audiências, incluindo uma com o ex-presidente Lula, após reclamação do então juiz Sérgio Moro. Em 13 de março de 2017, Moro enviou uma mensagem para o procurador Deltan Dallagnol, onde fala sobre a integrante da Lava Jato: “É excelente mas para inquirição em audiência, ela não vai muito bem. Desculpe dizer isso, mas com discrição, tente dar uns conselhos a ela, para próprio bem dela. Um treinamento faria bem. Favor manter reservada essa mensagem”. As informações foram divulgadas elo âncora da BandNews FM Reinaldo Azevedo, em parceria com o site The Intercept Brasil.

    Outra reportagem do Intercept apontou que o procurador Deltan Dallagnol duvidava da existência de provas contra Lula, acusado de ter recebido um apartamento da OAS como propina. "No dia 9 de setembro de 2016, precisamente às 21h36 daquela sexta-feira, Deltan Dallagnol enviou uma mensagem a um grupo batizado de Incendiários ROJ, formado pelos procuradores que trabalhavam no caso. Ele digitou: 'Falarão que estamos acusando com base em notícia de jornal e indícios frágeis… então é um item que é bom que esteja bem amarrado. Fora esse item, até agora tenho receio da ligação entre petrobras e o enriquecimento, e depois que me falaram to com receio da história do apto… São pontos em que temos que ter as respostas ajustadas e na ponta da língua'", diz o site.

    Uma matéria também mostrou que Moro "sugeriu trocar a ordem de fases da Lava Jato, cobrou novas operações, deu conselhos e pistas e antecipou ao menos uma decisão, mostram conversas privadas ao longo de dois anos". No diálogo com Dalagnol pelo aplicativo Telegram ele escreve: "Talvez fosse o caso de inverter a ordem da duas planejadas". "Não é muito tempo sem operação?", questionou.

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