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    'É irreparável tudo o que está acontecendo', diz esposa de Marcelo Arruda, assassinado pelo fascismo bolsonarista

    Pamela Suelen Silva afirmou que a morte do marido é um ato de 'extrema estupidez'

    'Estou sem chão', diz Pamela Suelen Silva, viúva de tesoureiro do PT morto no PR (Foto: Reprodução/Globo News)

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    247 - A viúva de Marcelo Arruda, Pamela Suelen Silva, afirmou neste domingo (10) que está "sem chão" com o assassinato político do marido durante seu aniversário de 50 anos pelo terrorista bolsonarista Jorge da Rocha Guaranho.

    "É uma extrema estupidez tudo isso que aconteceu, perder o pai dos meus filhos por um extremismo ridículo. Isso é horrível. A dor de toda família é terrível", disse Pamela, em entrevista à Globo News. "É irreparável tudo o que está acontecendo", acrescentou. 

    Pamela contou que ninguém da família conhecia o assassino e que Marcelo Arruda foi baleado após a celebração do parabéns, com a festa já próxima do fim. "Ele (Jorge) falou para o Marcelo: 'Eu vou voltar, eu vou voltar'. Quando ele retornou, saiu do carro atirando", diz Pamela. "Espero que haja justiça e que acabe toda essa violência. Isso só causa tragédia", afirmou. 

    >>> Vídeo mostra o momento em que bolsonarista assassina Marcelo Arruda (CENAS FORTES)

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    Leia também matéria anterior do 247 sobre o assunto:

    O guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores em Foz do Iguaçu (PT-PR), Marcelo Aloizio de Arruda, morreu na madrugada deste domingo (10) após ser baleado em sua própria festa de aniversário de 50 anos.

    Segundo boletim de ocorrência, o autor dos disparos foi o policial Penal Federal, Jorge da Rocha Guaranho. Ele trocou disparos contra a vítima, foi ferido mas conseguiu sobreviver e está internado em um  hospital de Foz do Iguaçu.

    Segundo relatos de testemunhas, Guaranho era eleitor de Jair Bolsonaro. Ele passou de carro em frente ao local da festa, desceu do veículo armado e começou a gritar "Aqui é Bolsonaro" e "mito", enquanto apontava a arma para as pessoas presentes na festa.

    No carro de Guaranho, havia um bebê e uma mulher, que convenceu o policial a ir embora. Porém, ele voltou cerca de vinte minutos depois e atirou contra o aniversariante.

    O secretário de segurança pública de Foz do Iguaçu, Marcos Antonio Jahnke, lamentou a morte e afirmou que a Polícia Civil investigará as motivações do crime. "Pelo que a gente percebeu foi uma intolerância política", disse Jahnke.

    Nas redes sociais, Lula, que disputa as eleições este ano, lamentou o episódio e prestou solidariedade às famílias do tesoureiro e do policial federal.

    "Uma pessoa, por intolerância, ameaçou e depois atirou nele [Marcelo Arruda], que se defendeu e evitou uma tragédia ainda maior. Duas famílias perderam seus pais. Filhos ficaram órfãos, inclusive os do agressor", escreveu Lula.

    "Uma tragédia fruto da intolerância dessa turma", afirmou a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR).

    Diversos políticos se manifestaram nas redes sobre o caso, como o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e os pré-candidatos à Presidência, Ciro Gomes (PDT) e a senadora (MDB-MS) Simone Tebet, classificando o episódio como "inaceitável".

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