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    Em delação à PF, Mauro Cid diz que Bolsonaro consultou comandantes militares sobre golpe de Estado

    Segundo o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, a consulta teria sido feita pelo então mandatário durante uma reunião privada no Palácio da Alvorada

    Jair Bolsonaro e Mauro Cid (Foto: ABr | Agência Senado )

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    247 - O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (PL), afirmou em sua delação premiada à Polícia Federal (PF) que o então mandatário teria consultado os três comandantes das Forças Armadas sobre a possibilidade de um golpe de Estado em uma reunião privada, realizada no Palácio da Alvorada, logo após a derrota nas urnas em 2022.

    Segundo trechos do depoimento de Mauro Cid, obtidos pela revista Veja, a reunião ocorreu em novembro de 2022, poucos dias após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas. De acordo com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, ele convocou os chefes do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Baptista Júnior, e da Marinha, almirante Almir Garnier.

    Na ocasião, Bolsonaro já havia aprovado uma minuta de um decreto golpista que, segundo Cid, teria sido elaborada e apresentada pelo assessor Filipe Martins. Durante a reunião, Bolsonaro teria ficado a sós com os três comandantes sendo que o chefe da Marinha, Almir Garnier, teria sido o único a endossar o suposto plano golpista.

    Mauro Cid deverá prestar um novo depoimento à Polícia Federal na próxima segunda-feira (11). A expectativa dos investigadores é que ele revele mais detalhes sobre a trama golpista de maneira a elucidar pontos ainda não esclarecidos pela investigação.

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