Em depoimento, Bolsonaro nega ter pedido para que ex-diretor da PRF fizesse campanha em 2022

247 - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou em depoimento nesta terça-feira (5) à Controladoria-Geral da União (CGU) que tenha pedido para que o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) fizesse campanha eleitoral em 2022, informa a Folha de S. Paulo.  O depoimento foi prestado no contexto de um processo administrativo que pode levar à cassação da aposentadoria de Vasques, acusado de agir em favor de Bolsonaro durante o pleito.

Silvinei enfrenta investigações por supostas condutas irregulares enquanto ocupava o cargo na PRF, incluindo a participação em eventos oficiais, entrevistas e postagens nas redes sociais em apoio à reeleição de Bolsonaro no segundo turno. O ex-diretor foi alvo de processo disciplinar iniciado em 2023, e permanece sob investigação por oito supostas irregularidades.

Preso preventivamente em 2023, Vasques passou quase um ano detido sob decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Liberado em agosto de 2024, Vasques está sob monitoramento de tornozeleira eletrônica e segue restrições cautelares impostas pela Justiça.

Uma das principais acusações contra ele envolve a possível utilização da PRF para realizar operações de fiscalização em municípios onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) detinha maior apoio eleitoral, o que teria ocorrido no segundo turno das eleições.

A Justiça manteve a decisão de que Bolsonaro deveria prestar depoimento presencial, atendendo ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que, em 1º de novembro, determinou que o ex-presidente depusesse oralmente sobre as ações de Vasques, rejeitando o pedido de que ele respondesse às questões por escrito.