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Bolsonaro é chamado a depor sobre atuação de ex-diretor da PRF nas eleições

Caso Silvinei Vasques investiga operações no Nordeste que teriam favorecido Jair Bolsonaro no segundo turno de 2022

Jair Bolsonaro, Anderson Torres e Silvinei Vasques (Foto: Anderson Riedel/PR)

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247 - A Justiça Federal de Santa Catarina determinou que Jair Bolsonaro (PL) compareça para prestar depoimento no processo que investiga a conduta do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, acusado de improbidade administrativa. A decisão, assinada pelo juiz Eduardo Kahler Ribeiro, da 4ª Vara Federal, foi divulgada na segunda-feira (14) e atende a um pedido da defesa de Vasques. A defesa argumentou que um depoimento oral seria mais adequado ao direito de defesa e ao contraditório, em vez de uma manifestação por escrito. Além de Bolsonaro, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres também foi arrolado como testemunha, segundo o Estadão Conteúdo.

Vasques, que foi um dos principais nomes da PRF durante o governo Bolsonaro, enfrenta investigações por sua postura durante as eleições de 2022, quando se manifestou publicamente a favor do então candidato à reeleição. Entre os episódios que levantaram suspeitas estão as blitzes realizadas em rodovias federais no Nordeste no dia do segundo turno, sob o pretexto de combater o transporte irregular de eleitores. A região é tradicionalmente um reduto de votos do atual presidente Lula (PT).

A atuação de Vasques está sendo investigada pela Controladoria-Geral da União (CGU), e ele também responde a um processo no Supremo Tribunal Federal (STF) por interferência no processo eleitoral. O objetivo das blitzes, segundo as investigações, seria obstruir o trânsito de eleitores em áreas onde Lula tinha forte apoio, prejudicando o acesso aos locais de votação. Silvinei Vasques chegou a ser preso em agosto de 2023 por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e foi liberado cerca de um ano depois, com a imposição de medidas restritivas como o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de uso de redes sociais e o porte de armas. Seu passaporte também foi cancelado.

A defesa de Silvinei indicou Bolsonaro como testemunha de defesa para reforçar a tese de que as ações do ex-diretor da PRF estavam alinhadas com as diretrizes gerais do governo à época. Vasques é acusado de ter usado seu cargo de maneira indevida para interferir nas eleições e pode perder sua aposentadoria como policial rodoviário federal.

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