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    Anderson Torres presta novo depoimento à PF em inquérito que apura bloqueios ilegais em eleição

    Segundo a defesa, o ex-ministro respondeu a todos os questionamentos e se colocou à disposição para auxiliar na apuração dos fatos

    Anderson Torres (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

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    247 - O ex-ministro da Justiça Anderson Torres prestou um novo depoimento à Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (15), no contexto da investigação sobre os bloqueios de rodovias que ocorreram durante o segundo turno das eleições de 2022, destaca o jornal O Globo. As interrupções foram realizadas por blitzes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e foram levantadas apenas após ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são de um relato da própria PF.

    No último dia 16 de agosto, Torres e o ex-diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, foram indiciados pelo crime de impedir, com emprego de violência física, sexual ou psicológica, o exercício de direitos políticos a qualquer pessoa em razão de seu sexo, raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Agora, cabe ao Ministério Público Federal (MPF) decidir se irá apresentar denúncia, arquivar o caso ou solicitar mais diligências.

    De acordo com o inquérito, durante o segundo turno da eleição presidencial, ambos teriam agido para dificultar o deslocamento de eleitores, especialmente em estados do Nordeste, onde Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve uma forte concentração de votos. 

    Ainda conforme a reportagem, a defesa de Torres, por meio de nota, informou que ele respondeu a todos os questionamentos e se colocou à disposição para auxiliar na apuração dos fatos. O advogado Eumar Novacki afirmou que solicitará a “reconsideração da decisão do indiciamento, que ocorreu antes da conclusão do inquérito policial”.

    Vale destacar que Torres e Vasques foram presos preventivamente por determinação do STF e que Vasques passou quase um ano sob custódia. A defesa de Vasques, por sua vez, declarou que o indiciamento não causa preocupação, alegando que o crime atribuído a ele não se aplica ao caso: “Se o fato tivesse sido praticado seria em razão de preferência política, e não, em razão de procedência nacional — preferência política não é um dos elementos do tipo penal”, disse a defesa após o indiciamento.

    As investigações incluem depoimentos, mensagens trocadas na época dos bloqueios, planilhas das blitz realizadas e imagens das ações. Um relatório parcial de 221 páginas já foi enviado ao STF, evidenciando as tentativas de interferência nas eleições, que culminaram na derrota de Jair Bolsonaro (PL) na busca pela reeleição.

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