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    Ex-diretor da PRF no governo Bolsonaro volta a ser interrogado pela PF por suspeita de interferência nas eleições

    Silvinei Vasques depôs à PF sobre ações que teriam impedido o deslocamento de eleitores no Nordeste em 2022; Anderson Torres será ouvido na próxima semana

    (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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    247 - O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques foi interrogado pela Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (7) como parte da investigação sobre ações supostamente ilegais realizadas pela PRF durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022, diz a jornalista Bela Megale em sua coluna no jornal O Globo. De acordo com o inquérito, as operações da PRF visaram dificultar o deslocamento de eleitores no Nordeste, região que concentra a maior parte dos eleitores do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.

    A investigação tem como objetivo apurar a responsabilidade de Vasques e de outros envolvidos nas operações, que teriam sido planejadas para favorecer o então candidato à reeleição, Jair Bolsonaro. Na próxima semana, será a vez do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, prestar seu depoimento. Ambos são apontados como principais articuladores das ações que, segundo a Polícia Federal, podem configurar interferência direta no processo eleitoral.

    O interrogatório de Vasques marca a fase final do inquérito, onde os acusados têm a oportunidade de esclarecer os fatos e apresentar suas defesas. Até o momento, a Polícia Federal afirmou que nenhum dos argumentos apresentados pelos investigados é suficiente para isentá-los de responsabilidade.

    Além de Vasques e Torres, outros quatro policiais federais cedidos ao Ministério da Justiça também foram indiciados e serão ouvidos nos próximos dias. Entre eles estão Alfredo de Souza Lima Coelho Carrijo, Fernando de Sousa Oliveira, Leo Garrido de Salles Meira e Marília Ferreira de Alencar. A expectativa é que os depoimentos complementem as provas já colhidas e ajudem a esclarecer se houve, de fato, uma ação coordenada para prejudicar o acesso dos eleitores às urnas em regiões específicas do país.

    A conclusão desse inquérito pode ter impactos significativos, principalmente se ficar comprovado que houve abuso de poder por parte das autoridades envolvidas.

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