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    Empresa contratada por Bolsonaro para identificar suposta fraude em inserções não faz auditorias

    Dados cadastrais da Audiency Brasil Tecnologia, de Florianópolis, apontam que a atividade principal da empresa é o desenvolvimento e licenciamento de programas de computador

    Jair Bolsonaro durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG) (Foto: REUTERS/Washington Alves)

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    247 - A Audiency Brasil Tecnologia, de Florianópolis, citada como a empresa contratada pela campanha de Jair Bolsonaro (PL) que teria identificado que rádios do Nordeste teriam deixado de veicular mais de 154 mil inserções da campanha pela reeleição do atual ocupante do Palácio do Planalto, não possui autorização para realizar serviços de auditoria, como dito pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, na segunda-feira (24). 

    De acordo com os dados do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), divulgados no Twitter pelo cientista político Christian Lynch, a descrição da atividade principal da Audiency é o “desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis". 

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    “A empresa escolhida por Fábio Faria para 'fazer auditoria' nas rádios nordestinas sequer tem autorização para 'fazer auditoria'. É uma firma de suporte técnico de internet de algum amigo, que emprestou o nome em troca de dinheiro. Como tudo no bolsonarismo, a empresa é falsa”, escreveu Lynch na postagem. 

    Ainda segundo os dados do CNPJ, as atividades secundárias da empresa envolvem a gravação de som e edição de música, desenvolvimento de programas de computador sob encomenda, suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação, tratamento de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na internet, marketing direto, pesquisas de mercado e de opinião pública, além de produção musical. 

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    A empresa tem como sócio principal Anacleto Angelo Ortigara que, segundo o site NSC Total, é diretor de Administração e Finanças do Sebrae em Santa Catarina e professor da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc). 

    Após o ministro Fábio Faria fazer as acusações sobre o suposto boicote das inserções de Jair Bolsonaro pelas rádios, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, deu prazo de 24 horas para que a campanha bolsonarista apresente "provas ou documentos sérios” que embasem a denúncia. O presidente do TSE disse, ainda, que a acusação é grave e que abrirá uma investigação contra Bolsonaro se a suposta fraude for uma tentativa de “tumultuar o pleito eleitoral”.

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