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    Esquema ilegal de espionagem da Abin no governo Bolsonaro teve Glenn Greenwald e David Miranda entre os alvos

    Celulares do jornalista e de seu marido, já falecido, constam na lista de 1;800 telefones entregue pela Agência Brasileira de Inteligência ao Supremo Tribunal Federal

    David Miranda e Glenn Greenwald (Foto: Reprodução/Twitter/@ggreenwald)

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    247 - A Polícia Federal (PF) identificou mais dois alvos da espionagem ilegal feita pela pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Segundo o jornal O Globo, o jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept Brasi, que ficou conhecido por divulgar as mensagens da "Vaza Jato", e seu marido, o o ex-deputado federal David Miranda, já falecido, foram alvos do monitoramento ilegal feito por meio do sistema isarelelense First Mile.

    A descoberta ocorreu durante a Operação Última Milha, deflagrada pela PF na última sexta-feira (20), que resultou na prisão de dois servidores suspeitos de envolvimento no esquema de espionagem ilegal.

    “De acordo com fontes da PF, os celulares dos dois estão na lista de 1 800 telefones entregue pela Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, ao Supremo Tribunal Federal (STF), por determinação do ministro Alexandre de Moraes. A lista de alvos inclui também jornalistas, advogados, outros políticos e diversos outros adversários políticos do governo Bolsonaro entre 2019 e 2021, na gestão de Alexandre Ramagem, que hoje é deputado federal pelo PL do Rio”, destaca a coluna da jornalista Malu Gaspar.  >>> Servidor da Abin investigado por espionagem ilegal e alvo da PF trabalhou na campanha de Tarcísio 

    Embora tenha fornecido ao STF uma planilha dos telefones acessados com o programa First Mile, desenvolvido pela israelense Cognyte, a Abin alegou não ter os nomes dos donos das linhas, porque estariam protegidos sob sigilo. >>> PF identifica ligação entre espionagem clandestina da Abin e roteiro do golpe bolsonarista

    “A resposta não convenceu a PF e nem o ministro Moraes, que durante as buscas na operação de sexta-feira constataram que os outros 31 200 acessos feitos com o programa espião foram apagados do sistema”, destaca a colunista. >>> Tarcisio contratou software israelense usado por Bolsonaro para espionar adversários

    Ao longo da gestão Bolsonaro, a Abin realizou 33 mil monitoramentos ilegais por meio do programa, sendo 1, 8 mil direcionados a políticos, jornalistas, advogados, ministros do STF e opositores do governo. O software First Mile é capaz de rastrear a localização de dispositivos utilizando as redes 2G, 3G e 4G. >>> Ministros do STF falam em “punição dura” no caso de espionagem da Abin

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