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    Evangélicos que atuaram no terrorismo de 8 de janeiro foram mobilizados por igrejas

    Uma série de depoimentos revela algo em comum: a participação da igreja evangélica no terrorismo bolsonarismo

    Manifestantes invadem prédios públicos na praça dos Três Poderes no 8/1 (Foto: Joedson Alves/Agencia Brasil)

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    247 - Em depoimentos à Polícia Federal (PF), evangélicos bolsonaristas presos após os atos golpistas do 8/1 relataram que igrejas de várias regiões do país financiaram ônibus e organizaram caravanas para o evento. As informações são do jornalista Aguirre Talento, do UOL

    Os presos são aqueles que se deslocaram para Brasília a fim de participar do ato golpista ocorrido em 8 de janeiro e do acampamento golpista na frente do QG do Exército.

    Pelo menos cinco evangélicos informaram aos investigadores que igrejas financiaram o transporte. Alguns também mencionaram que empresários participaram do financiamento e que receberam doações para viajar à capital federal e participar dos atos antidemocráticos.

    Sirlei Siqueira, moradora de Sinop (MT), afirmou à Polícia Federal que participou de uma "excursão da Igreja Presbiteriana Renovada", mas não forneceu mais informações sobre o financiamento. 

    Jamil Vanderlino, também residente de Sinop, informou ter viajado em um "ônibus financiado por uma igreja evangélica".

    Durante um dos depoimentos, um aposentado de Uberlândia (MG) mencionou que recebeu uma oferta de um pastor enquanto participava de uma manifestação em um batalhão do Exército naquela cidade. No entanto, ele não se lembrou do financiador nem forneceu detalhes sobre a denominação religiosa envolvida.

    Ademir Almeida da Silva, residente em Maceió e um dos alvos presos pela PF, afirmou ter uma renda mensal de R$ 400 e mencionou o nome do pastor Adiel Brandão de Almeida, da Igreja Batista, como um dos financiadores de sua viagem a Brasília. O pastor confirmou ter viajado com Ademir, mas disse que apenas "cooperou" durante a viagem porque Ademir estava com pouco dinheiro, e negou qualquer relação da igreja com essas despesas.

    "Ao longo da viagem, a gente foi cooperando com ele. Ele pagou algumas coisas, ele estava com pouco dinheiro, alguns lanches nós rateamos, outros lanches não. Além disso, nós não tivemos participação em nada disso aí", afirmou à coluna. "Isso é financiar a ida de alguém? Não é. Financiar é quando você está dizendo que todas as despesas, transporte, comida, almoço e janta eram por minha conta, aí seria financiar. E mesmo que alguém fosse financiar, não é da conta de ninguém não", disse Almeida.

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