Ex-comandante da Marinha diz que assinou nota em defesa de acampamentos golpistas para apoiar chefe do Exército
O texto foi publicado em novembro de 2022 diante da pressão para que o Exército desmobilizasse os acampamentos antidemocráticos
247 - Alvo da Polícia Federal (PF) por supostamente apoiar tentativa de golpe de Estado, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos tem afirmado a aliados que combinou a nota em defesa dos acampamentos em frente a quartéis do Exército com comandantes das Forças Armadas. A informação foi dada pela CNN Brasil.
O texto foi publicado em novembro de 2022 diante da pressão para que o Exército desmobilizasse os acampamentos golpistas montados na frente de quartéis, incluindo no Quartel-General em Brasília. Na ocasião, bolsonaristas queriam impedir a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e manter o ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL) no poder. Para isso, exigiam uma intervenção militar.
A conhecidos, Garnier afirma que assinou o texto para “apoiar” o ex-comandante do exército Marco Antônio Freire Gomes. A nota ainda conta com a assinatura de Carlos Baptista Junior, o então comandante da Força Aérea Brasileira (FAB).
No conteúdo do texto, os comandantes consideram os acampamentos golpistas “manifestações populares” e chamam as Forças Armadas de “moderadoras” nos momentos históricos importantes. Entre as críticas, a nota condena “eventuais excessos cometidos em manifestações” e “eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos”.
Com a divulgação da nota, a PF enxerga relevância para a “manutenção e intensificação das manifestações antidemocráticas, em vista do suposto realdo das Forças Armadas ao movimento”.
Segundo a investigação, entre os três comandantes do fim do mandato de Bolsonaro, apenas Garnier colocou a tropa à disposição para um possível golpe de Estado.
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