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    Exército diz que coronel que tramou golpe responderá na Justiça e perderá cargo no exterior

    Ministro da Defesa, se reunirá nesta sexta-feira com o comandante do Exército para discutir quais medidas administrativas deverão ser adotadas contra o coronel Jean Lawand Junior

    Jean Lawand Junior (Foto: Reprodução)
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    247 - O Exército Brasileiro está avaliando a possibilidade de anular a nomeação do coronel Jean Lawand Junior para a Representação Diplomática do Brasil nos Estados Unidos, em Washington. O general Tomás Paiva, comandante da instituição, está considerando essa medida após a Polícia Federal descobrir uma série de mensagens em que o coronel, então subchefe do Estado Maior do Exército, pedia ao ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, auxílio para um realizar um golpe de estado para impedir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumisse a chefia do Executivo Federal. 

    Generais ouvidos pela Folha de S.Paulo afirmaram que Lawand enfrentará consequências judiciais devido ao teor das mensagens enviadas a Cid e que as decisões administrativas serão tomadas por Tomás Paiva após uma reunião com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, marcada para esta sexta-feira (16).

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    A revelação dos diálogos que colocam um militar da ativa no centro da trama golpista está sendo encarada pelo Ministério da Defesa como uma situação delicada. Após o caso ser revelado pela revista Veja na quinta-feira (15), o ministro agendou uma reunião com o comandante do Exército para discutir a situação de Lawand para adotar as medidas cabíveis contra o coronel.

    Em fevereiro, Tomás Paiva assinou uma portaria designando Lawand para a missão no exterior a partir de 2 de janeiro de 2024. A anulação dessa movimentação seria uma forma de garantir que o militar esteja no Brasil durante as investigações em andamento.

    Ainda segundo a reportagem, em nota, o Exército afirmou que “opiniões e comentários pessoais ‘não representam o pensamento da cadeia de comando’ da Força” e que “como Instituição de Estado, apartidária, o Exército prima sempre pela legalidade e pelo respeito aos preceitos constitucionais. Os fatos recentes somente ratificam e comprovam a atitude legalista do Exército de Caxias".  

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    O texto da nota ressalta, ainda, que "eventuais condutas individuais julgadas irregulares serão tratadas no âmbito judicial" e que, na esfera administrativa, "as medidas cabíveis já estão sendo adotadas".

    Atualmente, o coronel Jean Lawand Junior supervisiona o Programa Estratégico Astros no Escritório de Projetos do Exército, ligado ao Estado-Maior da instituição. Formado na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) em 1996, Lawand se destacou como o cadete com a melhor nota da turma Bicentenário da Inconfidência Mineira. Ainda segundo a Folha de S. Paulo, “durante os quatro anos de formação, ele esteve ao lado do atual governador de São Paulo, Tarcísio Freitas [Republicanos]”.

    Ainda conforme a reportagem, generais teriam dito que Lawand era um dos candidatos a ser promovido a general de brigada em 2025, considerando sua atuação em cargos de comando e suas posições nas turmas de formação militar. A promoção estava prevista para acontecer próximo ao retorno de Lawand dos Estados Unidos.

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