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    Extremistas brasileiros e internacionais contestam reeleição de Maduro na ONU

    Objetivo é apoiar os resultados divulgados pelos opositores Maria Corina Machado e Edmundo Gonzalez, o autoproclamado presidente

    Nicolás Maduro e comando militar em evento em Caracas (Foto: Leonardo Fernández Viloria/Reuters)

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    247 - A extrema-direita brasileira disse que acionou a Organização das Nações Unidas (ONU) contra os resultados da eleição de 28 de julho de Venezuela. O presidente Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro mandato, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país, mas tanto a extrema-direita venezuelana quanto seus aliados brasileiros já se articulavam antes do resultado ser divulgado. 

    Enquanto extremistas promoviam atos violentos ao redor da Venezuela, representantes da extrema-direita brasileira divulgavam informações falsas nas redes sociais, como o vídeo  onde o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, supostamente abraça o presidente Nicolás Maduro.

    O objetivo da iniciativa, segundo a deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP), é apoiar os resultados divulgados pelos opositores Maria Corina Machado e Edmundo Gonzalez, o autoproclamado presidente do país. No Uruguai, um deputado ligado à extrema-direita global, Pablo Viana, chegou a solicitar uma intervenção militar da ONU na Venezuela. 

    "A intervenção da ONU é crucial para prevenir mais atrocidades e garantir a proteção dos direitos humanos fundamentais na Venezuela", disse Zambelli em postagem nas redes sociais. 

    A iniciativa ocorre após o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, manifestar ao secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que as atas eleitorais divulgadas pela oposição comprovam vitória de Edmundo Gonzalez na Venezuela. Eles também expressaram nesta quarta-feira a sua disponibilidade para apoiar um “processo liderado pela Venezuela para o restabelecimento das normas democráticas”, afirmou o Departamento de Estado. 

    Sem esperar pelos resultados da contagem de votos e subsequente auditoria, Washington pediu à comunidade internacional que reconhecesse González como o vencedor da eleição presidencial na Venezuela. Parlamentares dos EUA e da UE, responsáveis por supervisionar as relações internacionais, também ameaçaram Maduro na última sexta-feira com "responsabilidade" caso ele não abdicasse voluntariamente de seus poderes como chefe de estado após a eleição, alegando que os resultados da votação foram fabricados. 

    Os governos de Brasil, Colômbia e México, que mantêm boas relações com a Venezuela, pediram uma “verificação imparcial” do resultado.

    A eleição presidencial na Venezuela foi realizada em 28 de julho, e o CNE declarou Nicolás Maduro como vencedor. No dia seguinte, protestos contra os resultados das eleições irromperam no país, com confrontos entre forças de segurança e manifestantes em Caracas e outras cidades, que começaram a atirar pedras e coquetéis molotov nos oficiais de segurança. Mais de 250 postos policiais foram destruídos, múltiplos atos de vandalismo e roubos foram relatados, e dois militares foram mortos.

    Na semana seguinte às eleições, as forças de segurança detiveram mais de 2.000 pessoas, acusadas de destruir infraestrutura estatal, incitar ódio e terrorismo. A agitação violenta na Venezuela continuou por um dia após as eleições, após o qual o governo retomou o controle da situação nas ruas. Nos dias seguintes, apoiadores tanto do presidente quanto da oposição realizaram inúmeros comícios, declarando sua vitória, mas foram pacíficos e não envolveram confrontos. (Com agências). 

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