Fernando Gabeira cobra investigação de relação entre joias de Bolsonaro e venda de refinaria para fundo árabe
Jornalista disse ser preciso investigar a conexão entre a venda da refinaria "por preço bem mais baixo": "esse presente pode ser uma comissão. Para mim, é uma evidência"
247 - O jornalista Fernando Gabeira disse ser necessário investigar a possibilidade de as joias avaliadas em R$ 16,5 milhões dadas pela monarquia saudita ao casal Bolsonaro terem alguma ligação com a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), localizada em São Francisco do Conde, na Bahia, e seus ativos logísticos associados para o Mubadala Capital, um fundo árabe dos Emirados Árabes Unidos.
“Para mim, é uma evidência. Gostaria que fosse apurada a conexão entre a venda da refinaria no Recôncavo Baiano, por preço bem mais baixo, e esse presente, que pode ser uma comissão”, disse Gabeira na segunda-feira (6), durante participação na GloboNews.
A RLAM foi vendida para o Mubadala pelo valor de US$ 1,8 bilhão, abaixo da estimativa feita pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), que indica que a refinaria valia entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões.
Em outubro, um assessor do ex-ministro Bento Albuquerque, das Minas e Energia, tentou trazer ilegalmente para o Brasil joias avaliadas em 3 milhões de euros. O colar, anel, relógio e um par de brincos foram um presente do governo da Arábia Saudita para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
As joias, porém, foram retidas pela Receita Federal. Um segundo conjunto, contudo, que teria Jair Bolsonaro como destinatário, teria sido entregue no Palácio do Planalto.
Na segunda-feira (6), a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o ingresso irregular no país das joias procedentes da Arábia Saudita destinadas ao casal Bolsonaro.
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