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    FUP leva debate sobre transição energética justa à Cúpula Social do G20

    Entidade promove o painel “Transição energética justa, soberana e popular para o desenvolvimento sustentável da humanidade”

    (Foto: FUP)

    247 - A Federação Única dos Petroleiros (FUP) promoverá na próxima quinta-feira (14), na Cúpula Social do G20, no Rio de Janeiro, o painel “Transição energética justa, soberana e popular para o desenvolvimento sustentável da humanidade”. A discussão ocorrerá das 11h às 13h, no Espaço Kobra, na região portuária da cidade, e tem como objetivo inserir a importância de uma transição energética que contemple trabalhadores e comunidades em situação vulnerável na pauta global.

    O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, explica que uma transição energética justa deve priorizar os impactos sobre trabalhadores e comunidades, incluindo esses grupos nas decisões e implementações dos novos modelos energéticos. “A transição energética, para ser justa, precisa atender requisitos básicos, com atenção especial aos impactos diretos e indiretos sobre  os trabalhadores e comunidades, que têm que estar inseridos nesse processo e com participação ativa”, defende.

    “Não podemos esquecer que é necessário buscar formas de financiar essa transição justa e uma das propostas é a criação de fundos soberanos financiados por setores industriais de maior contribuição para o PIB. O setor de petróleo e gás natural, por exemplo, representa cerca de 10% do PIB industrial brasileiro e deve contribuir para essa transição, além dos setores que mais impactam nas emissões de gases de efeito estufa”, afirma Bacelar.

    “A Petrobrás, a maior empresa do Brasil, tem que liderar a transição energética e ampliar investimentos em projetos de energias renováveis”, diz o coordenador-geral da FUP, lamentando que, no terceiro trimestre deste ano, a Petrobrás - cujos resultados financeiros e operacionais foram divulgados na semana passada -, registrou baixo volume de recursos destinados a iniciativas de descarbonização e novas rotas tecnológicas de baixo carbono.

    O painel faz parte da programação das atividades autogestionadas e foi selecionado entre 852 inscrições realizadas por mais de 2.100 organizações de 90 países que se inscreveram para a Cúpula Social do G20. O objetivo é promover o engajamento no combate à pobreza energética e na promoção da segurança alimentar, no enfrentamento aos impactos da crise climática em territórios e populações vulnerabilizadas, contribuindo para a promoção da agenda da Transição Energética Justa no Sul Global.

    Pela primeira vez serão realizadas, em paralelo à cúpula de líderes das principais economias do planeta, atividades destinadas a ouvir as vozes e a colher propostas da população de diversos continentes, relacionados a temas prioritários na agenda mundial, como o combate à fome e às desigualdades; as mudanças climáticas e a transição energética justa; e a reforma da governança global. O evento pioneiro foi idealizado pelo presidente Lula e proposto quando o Brasil assumiu a presidência do G20.

    As propostas foram enviadas para a plataforma Brasil Participativo pela FUP, em conjunto com outras organizações, como a Plataforma Operária e Camponesa da Água e da Energia (POCAE), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o Levante da Juventude, o Afronte, o Ondas, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf - seção Solos), o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

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