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    Gleisi volta a criticar juros altos do BC e diz que Campos Neto “representa um projeto que não foi eleito nas urnas”

    “O embate com o Campos Neto é político, não é econômico”, afirmou a presidenta nacional do PT sobre o presidente do Banco Central

    Gleisi Hoffmann e Roberto Campos Neto (Foto: Gustavo Bezerra | Marcos Corrêa/PR)

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    247 — A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, criticou novamente a política monetária do Banco Central em relação à taxa básica de juros de 13,75% ao ano. Ela participou de um evento liderado pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) e declarou que o campo progressista venceu Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022, mas não o bolsonarismo na sociedade, o que, segundo ela, é resultado da pressão da “elite rentista”.

    “Esse cara tem que explicar os juros. Vai ficar assim até o final do ano? Isso acaba com qualquer possibilidade de investimento privado no País”, disse Gleisi nesta segunda. “O embate com o Campos Neto é político, não é econômico. Ele representa um projeto que não foi eleito nas urnas.”

    Gleisi defendeu a disposição do ex-presidente Lula em criticar publicamente o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pela alta taxa de juros. Ela afirmou que o assunto não estaria na pauta se o presidente da República não o tivesse trazido à tona. 

    A líder petista também afirmou que Campso Neto deveria sentir vergonha e chamou a autonomia do Banco Central de “barbaridade” por dificultar a substituição do comando da instituição. A lei complementar de 2021 que instituiu a autonomia do BC estabelece que cabe ao Conselho Monetário Nacional uma das poucas modalidades que poderiam levar à queda do comando da instituição, mas qualquer exoneração dependeria de maioria absoluta no Senado. Mesmo que isso ocorresse, Lula não indicaria um substituto para Campos Neto, cujo mandato se encerraria em 2024. Em hipótese de afastamento, a presidência seria ocupada interinamente pelo diretor com mais tempo no cargo.

    “Não temos maioria no Senado para tirar o Campos Neto? Se nada fizermos, aí é que não vamos ter mesmo.”

    A próxima reunião do Comitê de Política Monetária do BC acontecerá na semana que vem.

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