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    Governistas acreditam que Lira está enfraquecido e que é hora de ser mais categórico contra ele

    Para governistas, o momento seria propício para desafiar a sucessão do presidente da Câmara

    Arthur Lira (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

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    247 - A tensão entre o governo e o presidente Arthur Lira (PP-AL) ganhou novos elementos após o parlamentar afirmar não ter mais diálogo com o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionaism, que considera como seu desafeto pessoal e incompetente.

    Lira informou esta semana aos líderes da Câmara dos Deputados que prepara um pacote de pautas-bomba e CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) contra o governo, aumentando a pressão contra o governo. No entanto, Lira foi aconselhado por aliados a diminuir a temperatura na casa. 

    De acordo com o jornalista Ricardo Noblat, do Metrópoles, “a avaliação é que cacique sairia enfraquecido de um embate com Lula (PT), mesmo tendo o controle da Câmara”.

    Ainda segundo o jornalista, “diante deste enfraquecimento, os governistas acreditam que agora é a hora para serem mais categóricos contra Lira”.

    Fontes próximas a Lula afirmam que a derrota de Lira em articular a liberdade de Chiquinho Brazão (RJ), preso por suspeita de ser o mandante da morte Marielle Franco, é uma evidência desse enfraquecimento..

    “O momento seria propício para desafiar a sucessão do presidente da Câmara, que tem como favorito o líder do União Brasil Elmar Nascimento (BA), aliado de primeira hora de Lira. Não é a hora de lançar um candidato próprio, avaliam, mas a disputa ficou mais aberta com outros candidatos mais “governistas” como Marcos Pereira (Republicanos-SP) e Antonio Brito (PSD-BA)”, afirma Noblat.

    Nem mesmo a abertura de cinco CPIs assusta tanto o governo, que vê apenas uma tentativa de Lira em superlotar os trabalhos da Câmara. As cinco investigações que podem sair do papel não tem capacidade de macular o governo, mas têm o poder de criar algum desgaste.

    Diante disso, avaliam que mesmo Elmar perdeu poder. Ele foi um dos principais articuladores pela não manutenção da prisão de Chiquinho e perdeu, numa disputa acirrada.

    Como o blog mostrou, a votação da prisão do deputado exibiu até onde vai o bolsonarismo. O teto de 129 votos, sem o apoio da esquerda e com o Centrão fragmentado, poderia significar um revés na sucessão do presidente da Câmara.

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