Governo anula leilão para importação de arroz devido a suspeitas de irregularidades
"Pretendemos fazer um novo leilão, quem sabe em outros modelos, para ter garantia que vamos contratar empresa com capacidade técnica e financeira", disse o presidente da Conab
247 - O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, anunciou nesta terça-feira (11) a anulação do leilão para a compra de arroz importado. Durante pronunciamento no Palácio do Planalto, Pretto afirmou que a decisão visa assegurar a contratação de uma empresa que possua a capacidade técnica e financeira necessária para atender às demandas do processo.
"Pretendemos fazer um novo leilão, quem sabe em outros modelos, para que a gente possa ter garantia que vamos contratar uma empresa com capacidade técnica e financeira [...]. A decisão é anular este leilão e proceder um novo mais ajustado", declarou Pretto, de acordo com o g1.
A decisão de importar arroz veio poucos dias após o início das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional do grão. Apesar das inundações, 80% da colheita já havia sido realizada antes do desastre.
Em 7 de maio, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou que a compra de arroz era essencial para evitar uma alta nos preços, devido às dificuldades que o estado enfrentava para transportar o grão para outras regiões do país. Fávaro ainda ressaltou que, naquele momento, nenhum atacadista possuía estoques suficientes para mais de 15 dias.
Com a anulação do leilão, a Conab pretende reavaliar e ajustar o processo para garantir a contratação de uma empresa adequada, que possa suprir a necessidade emergencial de arroz no mercado interno. A nova data para o leilão ainda não foi divulgada, mas a expectativa é que ocorra em breve, com modelos aprimorados que assegurem maior eficiência e segurança na contratação.
Em meio à anulação do leilão para a compra de arroz importado pelo governo federal, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou a saída do Secretário de Política Agrícola, Neri Geller, segundo o g1.
A polêmica surgiu quando veio à tona que o filho de Geller, Marcelo Piccini Geller, havia constituído uma sociedade com Robson Luiz de Almeida França, um ex-assessor de Geller e um dos negociadores do leilão que gerou suspeitas de favorecimento. Segundo Fávaro, a empresa em questão era uma corretora de Mato Grosso, envolvida nas negociações do leilão, o que levantou questionamentos sobre a imparcialidade do processo.
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