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    Governo considera provável distribuição de 100% de dividendos extraordinários da Petrobras, diz Ceron

    A Petrobras anunciou em abril a remuneração a seus acionistas de 21,9 bilhões de reais em dividendos extraordinários

    Petrobras (Foto: Reprodução)

    BRASÍLIA (Reuters) - O governo considerou como cenário provável a distribuição de 100% dos dividendos extraordinários da Petrobras ao atualizar sua projeção oficial para as contas públicas deste ano, disse nesta quarta-feira secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron. De acordo com o secretário, dos cerca de 14 bilhões de reais a mais projetados para este ano pela equipe econômica para receitas com dividendos em seu relatório bimestral de avaliação fiscal, 13 bilhões de reais dizem respeito a pagamentos que seriam feitos pela Petrobras.

    A previsão do recolhimento integral de dividendos extraordinários se dá a despeito da troca recente de CEO da estatal em meio a pressão do governo por maiores investimentos por parte da empresa e após polêmica em torno da distribuição de dividendos extraordinários.

    "Nós consideramos como cenário provável a distribuição dos 100% dos dividendos extraordinários da Petrobras”, disse Ceron a jornalistas.

    "Caso seja observado algum ajuste em função da não materialização, a gente faz isso conforme o fato novo ocorrer, mas neste momento o nosso entendimento é que o cenário provável é a distribuição dos recursos”, acrescentou.

    A Petrobras anunciou em abril a remuneração a seus acionistas de 21,9 bilhões de reais em dividendos extraordinários, equivalente a 50% dos repasses possíveis do exercício de 2023, após ter inicialmente retido essa distribuição, surpreendendo o mercado.

    A metade não distribuída dos dividendos extraordinários possíveis ficou em uma reserva estatutária da empresa, e poderia ser distribuída até o final do ano, conforme proposta do governo em assembleia da companhia.

    Em 14 de maio, foi anunciada a troca do comando da estatal, com a saída do então presidente Jean Paul Prates e a indicação de Magda Chambriard, ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), como substituta.

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