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Governo já discute reeleição de Lula em 2026, com reforma ministerial e MDB ou PSD para vice

Segundo biênio do Lula 3 deverá focar na economia - principal bandeira para 2026 -, além de melhorar a comunicação e marcas do governo

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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247 - Com as eleições presidenciais de 2026 no horizonte, o Palácio do Planalto já iniciou articulações para garantir a reeleição do presidente Lula (PT). Segundo Caio Junqueira, da CNN Brasil, Lula tende a ser pressionado a assumir a candidatura novamente, dada a avaliação interna de que sua ausência abriria espaço para uma possível derrota da base progressista. Assim, debates entre ministros e aliados convergem para uma questão central: garantir não apenas a manutenção de Lula como candidato, mas também uma aliança estratégica com partidos como o MDB e o PSD.

A possível inclusão do MDB na chapa de Lula envolve nomes de peso para a posição de vice-presidente, como o governador do Pará, Helder Barbalho, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o ministro dos Transportes, Renan Filho. De forma similar, o PSD, liderado por Gilberto Kassab, é visto como um parceiro potencial, tendo conquistado um número expressivo de prefeituras e palanques importantes nas regiões Sudeste e Nordeste, o que pode ajudar a neutralizar a oposição em São Paulo e garantir apoio em estados-chave como Minas Gerais e Bahia.

Alianças e a eleição para a Mesa Diretora do Congresso - Além da vice, a estratégia passa por amarrar alianças que sustentem o governo até a eleição. Em fevereiro, a disputa pela presidência da Câmara e do Senado deverá incluir uma articulação entre o Planalto e líderes dos partidos de centro. Nessa linha, o governo estuda uma minirreforma ministerial, com pastas estratégicas que possam ser oferecidas a aliados importantes, incluindo apoio a Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência da Câmara e a Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) no Senado.

A ideia é que a nomeação desses líderes permita ao governo costurar uma agenda legislativa conjunta e garantir estabilidade política para o segundo biênio do mandato. A concessão do Ministério da Saúde, por exemplo, é uma possibilidade ventilada para fortalecer essa base. Entretanto, a permanência da atual ministra, Nísia Trindade, é defendida por Lula, que valoriza sua experiência técnica, apesar de críticas sobre a gestão de vacinas e do controle de doenças como a dengue.

Melhoria da comunicação e fortalecimento das marcas do governo - Outro ponto crítico é a área de comunicação. A gestão de Paulo Pimenta vem sendo alvo de insatisfações internas, especialmente após o fracasso de uma licitação voltada para expandir a comunicação digital do governo, setor dominado pela direita nos últimos anos. As discussões sobre a comunicação visam fortalecer a divulgação de projetos de alto apelo popular, como o programa social Desenrola e o incentivo ao gás para todos.

A proposta é que o próprio Lula participe ativamente da promoção dessas marcas, aproximando-as do eleitorado para fortalecer o capital político até 2026. A expectativa do Planalto é que a comunicação renovada amplie a identificação dos eleitores com programas que têm potencial de alavancar a campanha.

Economia e estabilidade fiscal como foco principal - Internamente, o governo entende que a economia deve ser a grande bandeira para a reeleição, algo que ajudaria a reverter a percepção negativa sobre a gestão fiscal do país. O pacote fiscal proposto pelo ministro Fernando Haddad conta com o apoio crescente do Planalto, sendo visto como fundamental para estabilizar o dólar e recuperar o grau de investimento do Brasil.

A aprovação das PECs do ajuste fiscal no Congresso é considerada um passo crucial para consolidar essa imagem de responsabilidade econômica. A estratégia econômica, ao se desvincular de pautas de costumes, visa enfrentar a oposição bolsonarista de maneira eficaz, construindo uma agenda positiva para os últimos dois anos de gestão.

O movimento de Lula e seus aliados, além de manter a governabilidade, busca assegurar a força da campanha para 2026, consolidando a base de sustentação do governo e buscando trazer novos aliados.

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