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    Interior de São Paulo está em alerta máximo; incêndios afetam 48 cidades

    Duas pessoas morreram devido às queimadas

    Agricultor observa plantação de cana-de-açúcar queimar em Dumon (SP) REUTERS/Joel Silva (Foto: REUTERS/Joel Silva)

    247 - A onda de incêndios que atinge o interior de São Paulo já deixou 48 cidades da região em alerta máximo para queimadas. Duas pessoas morreram e mais de 800 tiveram que deixar suas casas desde que o fogo começou, na sexta-feira (23), informa o G1.

    Mais de 20 mil hectares já queimaram na região, que teve mais de 2.300 focos de incêndio em apenas três dias, de acordo com a Defesa Civil do estado de São Paulo. Imagens de moradores de cidades afetadas mostram o céu coberto por uma camada de fumaça. Foi o agosto com mais focos de incêndio da história do estado de São Paulo desde 1998.

    Uma situação que, além da ação humana, foi agravada pela baixa umidade do ar, o vento e as altas temperaturas.

    "Nós tivemos rios de fumaça combinados com um estado onde a temperatura estava muito alta e também muito seco. E esses rios de fumaça vêm acompanhados de fortes ventos, que também ajudam a espalhar tanto a fumaça que vem da Amazônia, quanto a dos próprios focos de incêndio do estado de São Paulo", diz Raquel Albrecht, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP.

    Em Araraquara, uma das cidades mais atingidas, um assentamento de 200 famílias foi tomado pelo desespero. "Foi terrível, minha mãe começou a chorar, desesperada, ela perdeu a cabeça e a gente não sabia o que fazer", contou o agricultor Bertolino Alves Neto.

    Cerca de seis focos de incêndio ainda permanecem na região, alguns deles na cidade de Ribeirão Preto, que mesmo três dias depois do início do fogo ainda convivia com uma camada de fumaça no céu. Na cidade, rajadas de vento de até 80 km/h espalharam o fogo pelas casas em poucos minutos.

    O Governo Federal montou uma força-tarefa para combater os incêndios em São Paulo, no Pantanal e na Amazônia. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, pediu ajuda à Polícia Federal para investigar a possibilidade de incêndios criminosos.

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