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    'Internet de Elon Musk beneficia traficantes e criminosos, mas não chega nas comunidades', diz governador do Amazonas

    "Traficantes, grileiros e criminosos têm acesso às antenas de Elon Musk, enquanto as comunidades simples do interior ficam excluídas", disse o governador do Amazonas, Wilson Lima

    Elon Musk (Foto: Reuters | Reprodução/Uswitch)

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    247 - O governador do Amazonas, Wilson Lima, expressou sua frustração em relação aos investimentos do bilionário Elon Musk na Amazônia Legal. Segundo ele, até o momento, apenas três escolas públicas do estado receberam gratuitamente as antenas fornecidas pelos representantes da empresa Starlink, pertencente ao bilionário sul-africano, que possibilitam o acesso à internet.  Ainda segundo o governador, os equipamentos beneficiam principalmente "traficantes, grileiros e criminosos".

     "A internet que ele começou a disponibilizar na Amazônia nunca esteve conectada às políticas públicas. Como resultado, traficantes, grileiros e criminosos têm acesso às antenas de Elon Musk, enquanto as comunidades mais simples do interior ficam excluídas", disse o Lima durante uma reunião com governadores da região Norte na sexta-feira (16) em Cuiabá, de acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo. 

    >>> Em vez de escolas, Starlink, internet de Elon Musk, é utilizada por garimpeiros para driblar fiscalização ambiental

    Em maio de 2022, o governo Jair Bolsonaro (PL), em parceria com o bilionário Elon Musk, anunciou que levaria internet para 19 mil escolas brasileiras por meio da Starlink.Na ocasião, o governo Bolsonaro anunciou a meta de conectar 100% das escolas públicas da região Norte até o fim de 2022. No entanto, atualmente, mais de 5 mil escolas ainda estão sem internet na região, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

    A reportagem destaca, ainda, que onze kits de internet da Starlink foram apreendidos em áreas de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, de acordo com o mais recente levantamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama).

    Operações conjuntas entre o Ibama e a Polícia Rodoviária Federal na floresta amazônica vêm sendo realizadas desde o início do ano, com o objetivo de interromper as rotas de abastecimento do garimpo ilegal, inviabilizando essa atividade na região e forçando a saída dos invasores.

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