Isolado, Bolsonaro terá apenas dois encontros em Nova York, com Boris Johnson e o presidente de extrema-direita da Polônia
Depois de passar vexame e não poder entrar em restaurantes de Nova York por falta de comprovante de vacinação, Jair Bolsonaro terá somente dois encontros na cidade, além do seu discurso na Assembleia-Geral da ONU
247 - Ao contrário do que acontece nas viagens de presidentes brasileiros para a Assembleia Geral da ONU, utilizadas para encontros com outras lideranças mundiais, Jair Bolsonaro, com seu isolamento quase completo, só conseguiu duas agendas: com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, marcado para esta segunda-feira (20), e com o presidente da Polônia, Andrzej Duda, na manhã desta terça-feira (21). A informação foi publicada pela CNN Brasil.
Bolsonaro foi aos EUA participar da 76ª Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) e fará o tradicional discurso de abertura do debate geral dos chefes de Estado. Ele já passou vexame em Nova York ao ser obrigado a comer pizza na rua, com sua comitiva, porque não pode entrar em restaurantes. A cidade não aceita que pessoas não vacinadas entrem em ambientes fechados.
Na última quinta (16), em transmissão nas redes sociais, Bolsonaro afirmou que o seu discurso ao plenário de líderes da ONU será "objetivo" e "tranquilo".
Em discursos nas Assembleias-Gerais da ONU nos dois anos anteriores, 2019 e 2020), Bolsonaro atacou o seu inimigo imaginário, ao falar em ameaça socialista, criticou o PT e culpou indígenas pelos recordes de devastação da floresta amazônica.
Nesta terça-feira, a pandemia deve ser um dos temas predominantes nos discursos dos chefes de Estado. No Brasil, a população enfrenta problemas como lentidão na vacinação e corrupção na aquisição de vacinas. No último dia 14, um grupo de juristas liderado pelo ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior entregou à CPI da Covid um parecer que apontou sete crimes cometidos por Bolsonaro no gerenciamento da pandemia.
Este ano, 2021, Bolsonaro também foi alvo de um superpedido de impeachment, protocolado na Câmara dos Deputados no dia 30 de junho. A ideia foi unificar os mais de 120 pedidos de afastamento dele, tendo como uma das mais acusações a conduta contrária às recomendações da ciência para o enfrentamento ao coronavírus.
Bolsonaro criticou em várias ocasiões medidas de isolamento social, sugeriu à população remédios sem eficácia comprovada para o tratamento de pacientes diagnosticados com a Covid-19 e sabotou a vacina coronavac, desenvolvida pela China em parceria com o Instituto Butantan (SP).
Para a assembleia da ONU desta terça, a comitiva de Bolsonaro levou 18 integrantes aos Estados Unidos, entre eles a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e também o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Com o afastamento, o vice-presidente Hamilton Mourão assumiu o Planalto.
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