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    Liderada pelo Brasil, Aliança Global Contra a Fome já conta com a adesão de 31 países

    Outros 27 países já submeteram seus documentos de adesão, que estão em processo de revisão, e mais 50 manifestaram interesse em se unir à causa

    Sessão de abertura da reunião ministerial da força-tarefa para o estabelecimento de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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    247 - A presidência brasileira do G20 tem se destacado pela liderança na criação da Aliança Global Contra a Fome, uma iniciativa que já conquistou o apoio de 31 países até a manhã desta segunda-feira (11), de acordo com o Estadão Conteúdo. Outros 27 países já submeteram seus documentos de adesão, que estão em processo de revisão, e 50 manifestaram interesse em se unir à causa, conforme informou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

    De acordo com Fabio Veras, diretor de Estudos Internacionais do Ipea, os países que aderem à aliança não só demonstram compromisso com a erradicação da fome, mas também detalham suas contribuições para atingir os objetivos. “Trinta e um países já finalizaram esse processo, já foi aprovado, e 27 estão com os documentos sob revisão da presidência brasileira. Esses serão devolvidos com comentários ou ratificados imediatamente", explicou Veras, em entrevista à conferência do T20, realizada no Rio de Janeiro.

    Ainda conforme a reportagem, além desses 58 países que já formalizaram a adesão, outros 50 estão dialogando com a aliança, somando mais de 100 países envolvidos de alguma forma. A Aliança Global Contra a Fome é um dos pilares da presidência brasileira no G20, com o Brasil defendendo políticas de combate à fome e à desigualdade social.

    Entre os países que já ratificaram o compromisso, além do Brasil, destacam-se Estados Unidos, China, Alemanha, Japão, Reino Unido, Portugal e a África do Sul. Para Luciana Servo, presidente do Ipea, essa adesão global é uma demonstração da força da diplomacia brasileira e do reconhecimento da importância de tratar de questões sociais, como a pobreza e a fome, para o desenvolvimento sustentável mundial. "Mostra que avançamos muito em uma questão que começou a ser construída há poucos meses. A liderança do Brasil foi fundamental para essa mobilização internacional", destacou.

    A Aliança será sediada na FAO, em Roma, na Itália, e o Ipea abrigará um escritório que será responsável pelo compartilhamento de conhecimento entre os países participantes, facilitando o intercâmbio de informações sobre programas de combate à fome.

    O movimento reflete uma das principais entregas da presidência brasileira do G20, que conseguiu inserir a luta contra a pobreza e a fome como temas centrais nas discussões internacionais. "O Brasil não apenas trouxe de volta o debate sobre a pobreza e a desigualdade, mas também apresentou uma estratégia de implementação efetiva", concluiu Servo.

    A Aliança Global, cujo objetivo é contribuir para a erradicação da fome e da pobreza até 2030, busca apoiar esforços alinhados com os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) propostos pela ONU. Além disso, a iniciativa visa reduzir desigualdades e promover parcerias globais que fomentem transições sustentáveis, inclusivas e justas.

     A Aliança está aberta a governos, organizações internacionais, bancos de desenvolvimento, fundos e instituições filantrópicas, destacando a necessidade de um esforço conjunto para que seus objetivos sejam alcançados.

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