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Lula anuncia investimentos para obras em encostas e diz que voltará ao Rio Grande do Sul 'quando a água baixar'

“Quando a água voltar à normalidade, e quando voltar, eu quero visitar todos os municípios que foram atingidos para ver o que aconteceu de fato", disse o presidente

Lula e as chuvas no Rio Grande do Sul (Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert/PR)

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247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (8), durante a cerimônia de lançamento do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Seleções, em Brasília, que o investimento em encostas e no saneamento básico tem como objetivo garantir vidas e assegurar a saúde da população.

“Isso não aparece em uma placa, mas aparece na longevidade das pessoas que vão viver mais e vão viver decentemente”. afirmou Lula. O investimento total do Novo PAC Seleções é de R$ 18,3 bilhões, sendo R$ 1,7 bilhão voltado para a prevenção de desastres.

“Quando a gente faz investimento em uma encosta, a gente está mais do que fazendo investimento em uma encosta. A gente está garantindo que pessoas não mais vão morrer por conta de um deslizamento de terra em qualquer lugar desse país. Quando a gente faz financiamento de um tratamento de esgoto, a gente não está apenas fazendo o tratamento de esgoto. A gente está fazendo investimento na saúde, na qualidade de vida das pessoas”, disse o presidente.

O presidente também afirmou que “investir em encostas, em obras de saneamento básico, investir em canalização de córregos é investir um dinheiro tão bem empregado quanto qualquer dinheiro investido em outra coisa nesse país. Nós não estamos atrás de homenagear pessoas com o nome de ponte. Nós estamos atrás de garantir que o povo brasileiro vá viver um pouco mais, com respeito e com dignidade”.

Nesta linha, Lula destacou o esforço do governo federal para ajudar o estado do Rio Grande do Sul, duramente afetado por desastres climáticos desde o ano passado.

“A gente dedicou esses 15 meses de governo, uma grande parte dele a gente dedicou a ajudar a enfrentar problemas no Rio Grande do Sul. Começamos em fevereiro, com uma seca muito grande no Rio Grande do Sul, que prejudicou muitos pequenos e médios produtores rurais, e mais de 18 ministros do meu governo estiveram por diversas vezes no Rio Grande do Sul para ajudar a resolver o problema. Depois, em setembro teve a enchente do Vale do Taquari. Era a maior enchente até então que se tinha conhecimento no Rio Grande do Sul. Outra vez, mais de 18 ou 19 ministros do governo estiveram lá, cuidando de compartilhar e ajudar que a gente encontrasse uma solução”, observou Lula.

“E posso dizer a vocês que grande parte dos recursos que foram arrumados foram do governo federal, até porque nós compreendemos a situação difícil de finanças que vive o Rio Grande do Sul. E agora essa outra enchente, que é a maior da história. Essa enchente, a gente não tem dimensão dela ainda. A gente só vai ter dimensão do que foi esse desastre climático quando a água voltar à normalidade, e quando voltar, eu quero visitar todos os municípios que foram atingidos para ver o que aconteceu de fato, porque nós estamos comprometidos a fazer com que o Rio Grande do Sul receba, da parte do governo federal, tudo aquilo que o Rio Grande do Sul tem direito. Porque o Rio Grande do Sul já deu muito para o Brasil, e eu acho que o Brasil tem que dar um pouco para o Rio Grande do Sul”, completou.

Ainda conforme o presidente, “quando a água voltar à normalidade, e quando voltar, eu quero visitar todos os municípios que foram atingidos para ver o que aconteceu de fato". Lula disse, ainda, que as mudanças climáticas estão afetando todo o mundo e o problema deve ser enfrentado o quanto antes.

"Eu não sei o que Deus está pensando, não sei o que aconteceu no planeta Terra, mas o que aconteceu no Rio Grande do Sul é um aviso para todos nós, seres humanos. Nós precisamos ter em conta de que a Terra está cobrando. Foi no Rio Grande do Sul, mas tem acontecido coisas estranhas em todos os lugares do mundo, não é apenas agora. Então nós temos tempo de mudar isso", afirmou.

Os resultados de cinco modalidades do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Seleções, focado nos eixos Água para Todos e Cidades Sustentáveis e Resilientes foram anunciados nesta quarta-feira. Com um investimento total de R$ 18,3 bilhões, as modalidades selecionadas (Abastecimento de Água – Rural; Periferia Viva - Urbanização de Favelas; Prevenção a Desastres Naturais: Contenção de Encostas; Regularização Fundiária; e Renovação de Frota) são administradas pelo Ministério das Cidades.

Uma das ênfases do programa é enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas, oferecendo soluções que não apenas melhorem a qualidade de vida, mas também reduzam as disparidades regionais. Os investimentos incluem a urbanização de favelas, regularização fundiária, saneamento básico, prevenção de desastres naturais e renovação da frota de transporte público. Segundo o governo federal, 532 municípios, representando todas as unidades federativas do Brasil, foram contemplados com os recursos do PAC Seleções.

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