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    Lula cita queimadas e enchente no RS em discurso na ONU: "o negacionismo sucumbe ante as evidências do aquecimento global"

    O presidente falou sobre os esforços do governo para combater as mudanças climáticas, mas alertou que ainda é preciso fazer “muito mais”

    Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita ao bairro Passo de Estrela. Cruzeiro do Sul - RS (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

    247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou sobre os efeitos das mudanças climáticas em seu discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, na manhã desta terça-feira (24). Lula criticou o negacionismo climático e cobrou os países por estabelecerem acordos climáticos que não são cumpridos.

    “É impossível ‘desplanetizar’ nossa vida em comum. Estamos condenados à interdependência da mudança climática. O planeta já não espera para cobrar da próxima geração e está farto de acordos climáticos que não são cumpridos. Está cansado de metas de redução de emissão de carbono negligenciadas e do auxílio financeiro aos países pobres que nunca chega. O negacionismo sucumbe ante as evidências do aquecimento global. 2024 caminha para ser o ano mais quente da história moderna”, criticou.

    Em sua fala, o presidente citou tragédias climáticas que atingem diversos países no mundo, incluindo o Brasil, relembrando as enchentes no Rio Grande do Sul e as queimadas que atingem boa parte do território brasileiro. “Furacões no Caribe, tufões na Ásia, seca e inundações na África e chuvas torrenciais na Europa deixam um rastro de morte e destruição. No sul do Brasil, tivemos a maior enchente desde 1941. A Amazônia está atravessando a pior estiagem em 45 anos. Incêndios florestais se alastraram pelo país e já devoraram 5 milhões de hectares apenas no mês de agosto”, lamentou.

    Lula afirmou que o governo brasileiro está trabalhando para mitigar os impactos das mudanças climáticas, mas alertou que ainda é preciso fazer mais. “Meu governo não terceiriza a responsabilidade e nem abdica da sua soberania. já fizemos muito, mas sabemos que é preciso fazer muito mais. Além de enfrentar os desafios da crise climática, lutamos contra quem lucra com a degradação ambiental. Não transigimos com ilíticos ambientais, com o garimpo ilegal e com o crime organizado”, disse.

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