Lula decide nesta quinta se prorroga GLO em Portos e Aeroportos
Operação resultou na prisão de 2.841 pessoas e na apreensão de ativos estimados em R$ 114,9 milhões. Ministério da Justiça é contra estender a GLO
247 - O presidente Lula (PT) convocou uma reunião para esta quinta-feira (2) com os ministros da Defesa, José Múcio Monteiro, e da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, para discutir o futuro da Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) nos portos e aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo, segundo o jornal O Globo. A GLO, iniciada em novembro do ano passado, visa desestabilizar organizações criminosas que operam nestes estados, e seu prazo está prestes a expirar, nesta sexta-feira (3).
A decisão sobre a prorrogação da GLO está nas mãos do presidente Lula. No entanto, há uma atmosfera política desfavorável à continuação da operação, conforme avaliação de membros do governo envolvidos nas discussões. No Ministério da Justiça, existe a percepção de que a GLO, embora custosa financeiramente, não tem sido tão eficaz quanto o esperado. O presidente Lula busca uma análise detalhada dos custos e benefícios, com base em dados concretos de orçamento e resultados.
Desde a posse do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, as discussões sobre a extensão da GLO têm esfriado. Em contraste com seu antecessor, Flávio Dino, Lewandowski adota uma postura que considera as GLOs como medidas excepcionais, que devem ter um início e um fim. O Ministério da Defesa, por sua vez, embora tenha reunido dados sobre os resultados da operação durante o feriado, é cético quanto à possibilidade de prorrogação, considerando a posição contrária do Ministério da Justiça e da Polícia Federal.
O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), manifestou-se a favor da prorrogação da operação, destacando dados positivos apresentados ao ministro da Justiça em fevereiro. Na reunião com o presidente Lula, um balanço detalhado dos resultados da operação será apresentado por Lewandowski e Múcio. Será ponderado se os resultados compensam os gastos da operação, que envolvem tropas da Marinha e Aeronáutica nos portos e aeroportos mencionados.
Segundo dados do Ministério da Justiça, a operação resultou na prisão de 2.841 pessoas, além da apreensão de grandes quantidades de drogas, armas, munições e outros itens ilícitos. O valor total dos ativos apreendidos é estimado em R$ 114,9 milhões. As autoridades também realizaram milhares de inspeções em bagagens, cargas e veículos, além de revistas em pessoas.
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