Lula defende volta à normalidade com Poderes e lembra golpe contra Dilma
Em entrevista à CNN, Lula lembrou que Aécio Neves não reconheceu a derrota nas eleição de 2014. "Toda vez que você nega a política, o que vem depois é muito pior"
247 - Ao ser questionado sobre a “judicialização da política” pelo jornalista William Waack, em entrevista à CNN nesta segunda-feira, 12, o ex-presidente Lula (PT) falou que esse processo começou com o golpe de Estado contra Dilma Rousseff (PT). Ele lembrou que o candidato derrotado em 2014, Aécio Neves (PSDB), não aceitou o resultado das eleições e iniciou um golpe que derrubou a ex-presidenta em 2016.
“As coisas começaram a mudar depois de 2014 e depois do golpe contra Dilma, até então a gente vivia na normalidade”, disse Lula. Segundo o ex-presidente, inventaram pretextos para tirar a Dilma de forma ilegal. Lula ainda acrescentou que os golpistas “desmontaram as coisas que vinham acontecendo nesse país, que vivia na normalidade” e denunciou o então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que impediu Dilma de governar.
“Toda vez que você nega a política, o que vem depois é muito pior”, afirmou Lula, comparando Jair Bolsonaro aos ditadores fascistas Adolf Hitler e Benito Mussolini.
Corrupção e Lava Jato
Questionado sobre corrupção, Lula lembrou que os governos do PT criaram “todos os mecanismos para que nada ficasse embaixo do tapete” e criticou Bolsonaro e a Lava Jato.
“Hoje você não vê o presidente explicando por que comprou imóveis com R$ 26 milhões em dinheiro vivo”, afirmou. "Tem dois jeitos para fingir que não tem corrupção: fazer sigilo de 100 anos para tudo ou jogar a corrupção para baixo do tapete. Nós escancaramos as informações com o Portal de Acesso à Informação, Portal da Transparência. Nada ficava sem investigar".
“A Lava Jato destruiu o setor de engenharia, de petróleo e gás, que nós precisamos reconstruir”, destacou Lula, reforçando que o “processo de investigação poderia ser mais sério se o juiz [Sergio Moro] não fosse pilantra”. “Tive 26 processos. Fui absolvido em todos. Sou um cidadão livre”, lembrou.
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