Lula diz que seu ministro da Economia terá "cabeça política"
"Quem tem que dirigir é a política, e por isso que todos os meus ministros terão que ter cabeça política", afirmou o ex-presidente
247 - O ex-presidente Lula concedeu entrevista ao portal UOL nesta quarta-feira (27) e ressaltou temas referentes ao seu projeto de governo, caso eleito, incluindo mudanças estruturais urgentes para retirar o Brasil da crise.
Questionado sobre qual perfil terá o seu ministro da Economia, Lula ressaltou que quer "uma pessoa com a cabeça política”. "Quero uma pessoa com a cabeça política. Ele pode ser advogado, pode ser médico, empresário, catador de material reciclável. O que eu quero é que ele tenha a cabeça política. Se ele pensar politicamente correto, se ele tiver bastante versatilidade política, esse cara pode ser o ministro da Economia, e ele pode ser economista. O que eu não quero é fazer um governo burocrata, só de técnicos. Se o técnico resolve o problema eu ia em Harvard buscar os maiores especialistas. Quem tem que dirigir é a política, e por isso todos os meus ministros terão que ter cabeça política. Se eles tiverem cabeça política boa, eles montam equipes com os melhores técnicos do mundo, com os melhores assessores”, completou.
O petista também projetou a recriação de ministérios que foram essenciais no equilíbrio social: "Os ministérios que eu tinha eu vou recriar: Ministério da Igualdade Racial, Ministério dos Direitos Humanos, Ministério da Pesca, Ministério das Causas Indígenas. Um país do tamanho do Brasil não pode deixar de ter o Ministério do Planejamento. Não posso dizer tudo que vai acontecer, mas esse país tem que ser planejado a curto, médio e longo prazo. Esse país tem que ter uma prateleira de projetos feitos pelo Ministério do Planejamento".
"Esse país tem uma costa marítima extraordinária. Temos que levar muito a sério as nossas empresas de navegação. Temos que ter uma indústria naval poderosa. Então vamos recriar os ministérios que forem necessários, porque quando você coloca uma coisa importante como a Cultura, que já foi do Ministério do Esporte, já foi do Ministério da Educação, em um lugar secundário é porque você não está dando importância. Então a Cultura vai ser uma coisa muito importante. Além de criar um ministério, a gente vai criar comitês estaduais para ver se a gente consegue nacionalizar a cultura nesse país. É preciso que a gente dê à cultura a compreensão de uma indústria geradora de milhões de empregos", completou.
“Estou voltando a disputar uma eleição porque tenho confiança e certeza de que vamos recuperar esse país, fazer ele crescer, distribuir renda. É isso que vamos fazer, eu e o Geraldo Alckmin", finalizou.
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