Lula inclui Hipólita Jacinta no livro de Heróis e Heroínas da Pátria

247 - Foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (6), a Lei nº 15.086/25, que inscreve o nome de Hipólita Jacinta Teixeira de Melo no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, localizado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília. A sanção, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, homenageia e reconhece a contribuição histórica de Hipólita, uma figura fundamental na Conjuração Mineira. A iniciativa teve origem no projeto de lei PL 2285/23, do deputado federal Jonas Donizette (PSB-SP).

Hipólita Jacinta foi a única mulher a participar ativamente deste movimento anticolonial, desempenhando um papel essencial na comunicação entre os inconfidentes e oferecendo sua residência para reuniões e encontros do grupo. Ela também se destacou pelo financiamento de diversas ações e pelo seu engajamento político. A força de sua personalidade, sua destreza intelectual e seu destemor são mencionados como aspectos marcantes de sua trajetória, descrita como uma mulher que ousou sair da esfera doméstica e reivindicar um lugar de fala no cenário político de Vila Rica.

Nascida em 1748 e integrante da elite local, Hipólita casou-se aos 33 anos com Francisco Antônio de Oliveira Lopes, mas o casal não teve filhos. Sua importância no movimento é indiscutível, e ela foi responsável pela redação da carta que alertava sobre a prisão de Tiradentes e orientava os conjurados a iniciarem o levante, entre outros avisos estratégicos. No entanto, após o fim da rebelião, teve seus bens confiscados pelo governo.

A inscrição de Hipólita no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria se junta a outros nomes históricos como Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, que foi o primeiro a ser inscrito em 1989, além de personalidades como Machado de Assis, Luiz Gonzaga, Zumbi dos Palmares e Maria Beatriz Nascimento.