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    Lula lança Rede Alyne, voltada para o cuidado de gestantes e bebês, e se emociona ao lembrar da morte do filho

    “Fui buscar minha mulher no hospital e encontrei minha mulher morta e meu filho morto. Tenho certeza que foi relaxamento, falta de trato”, lamentou

    12.09.2024 - Cerimônia de lançamento da Rede Alyne de Cuidado Integral a Gestantes e Bebês, em Belford Roxo (RJ) (Foto: RICARDO STUCKERT/PR)

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    247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa nesta quinta-feira (12) do lançamento da Rede Alyne, programa voltado para a redução da mortalidade materna no Brasil. A iniciativa tem como objetivo reduzir a morte de gestantes e bebês em 25% até 2027, por meio de ações como a expansão da rede de maternidades, a integração entre maternidade e atenção básica e a criação de uma equipe especializada em obstetrícia dentro do Complexo Regulatório do SUS.

    “É por isso que a gente está fazendo esse programa chamado Rede Alyne, para que as mulheres quando ficarem grávidas sejam tratadas com decência, com respeito, não fate médico para fazer o pré-natal, para fazer o tratamento que é necessário fazer, que não falte a máquina necessária para fazer imagem da criança”, afirmou Lula.

    Em um discurso emocionado, o presidente relembrou a morte de sua primeira mulher, Maria de Lourdes, e de seu filho em 1971. Na ocasião, Lourdes contraiu hepatite e precisou ser internada quando estava no oitavo mês de gestação. Ela e o filho morreram durante uma cesárea de emergência, feita para tentar salvar a vida dos dois. Segundo Lula, ocorreu negligência no hospital.

    “Quando eu casei, em 1969, que nasce meu primeiro filho, eu fui em um domingo buscar minha mulher no hospital e eu levei uma roupa cor de rosa e uma roupinha azul, porque naquele tempo a gente não sabia, ficava tentando adivinhar. Cheguei no hospital, encontrei minha mulher morta e meu filho morto. Eu, hoje, tenho certeza absoluta que foi relaxamento, que foi falta de trato, porque as pessoas pobres muitas vezes são tratadas como se fossem pessoas de segunda categoria. E ser pobre e mulher negra é tratada como se fosse de terceira categoria, e nós precisamos tratar todas as pessoas com respeito, carinho, com muito amor, porque nós não iremos criar uma sociedade civilizada se a gente não tratar das pessoas independente da cor, do berço que nasceu, da religião”, lamentou.

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