Lula: projeto anticrime era quase uma ordem para matar. O objetivo era condenar preto, jovem e pobre
O ex-presidente publicou vídeo neste domingo em que comenta as mudanças realizadas pelo Congresso Nacional no pacote anticrime de Moro. "O Moro queria um projeto em que ele e a polícia pudessem tudo e o povo não pudesse nada", disse Lula.
247 - O ex-presidente Lula publicou um vídeo em que comenta o que chamou de "vitória parcial" no Congresso Nacional em relação às mudanças impostas pelos deputados ao projeto anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro. Ele classificou o projeto original como "fascista".
"Tinha como objetivo [o projeto] condenar preto, jovem e pobre neste país, era quase que uma ordem para matar as pessoas", afirmou Lula.
Ele parabenizou os partidos de esquerda que se movimentaram, se articularam e votaram pelas alterações no texto original do projeto. "Acho que ainda tem gente que não compreende, mas foi importante o comportamento dos setores de esquerda no Brasil que votaram o projeto principal com as mudanças e depois votaram emendas, não permitindo que o projeto fosse aprovado como o Moro queria. Na verdade, o Moro queria um projeto em que ele e a polícia pudessem tudo e o povo não pudesse nada. Quero parabenizar os partidos de esquerda que tiveram um comportamento de conquistar avanços importantes para diminuir o apetite miliciano nessa lei de combate ao crime".
Para Lula, a sociedade está despertando para o que é o projeto destrutivo de Bolsonaro para o Brasil. "Fica claro que o Congresso Nacional e a sociedade aos poucos vai acordando e vai descobrindo qual é o objetivo do governo Bolsonaro e dos partidos que o apoiam. Ou seja, o Congresso está tomando uma atitude que se espera. Com todos os defeitos que a gente possa encontrar, no Congresso está a representação oficial da sociedade brasileira na época das eleições, quando o povo compareceu à urna para votar em deputados e senadores, aquela era a cara da sociedade brasileira e o pensamento daquele momento. Me parece que as pessoas estão acordando, elas não querem participar do desmonte do Brasil".
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