Lula rechaça uso político das igrejas por Bolsonaro: "Estado não tem religião"
"Defendo o Estado laico. Mas também quero dizer: as igrejas não têm que ter partidos políticos", afirmou o ex-presidente diante de uma multidão neste sábado
247 - O ex-presidente Lula (PT) utilizou seu discurso inflamado neste sábado (20) no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, para rechaçar o uso das religiões no debate político, como vem fazendo Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores.
Lula foi alvo, inclusive, de fake news espalhadas nas redes sociais que diziam que ele, se voltasse ao governo, perseguiria religiões e fecharia igrejas.
O ex-presidente reafirmou seu compromisso com o Estado laico e com a tolerância religiosa. "Tem muita fake news religiosa correndo por esse mundo, tem demônio sendo chamado de Deus e tem gente honesta sendo chamada de demônio. Tem gente que não está tratando a igreja para cuidar da fé ou da espiritualidade, está fazendo da igreja um palanque político ou uma empresa para ganhar dinheiro. Eu, Luiz Inácio Lula da Silva, defendo o Estado laico, o Estado não tem que ter religião. Todas as religiões têm que ser defendidas pelo Estado. Mas também quero dizer: as igrejas não têm que ter partidos políticos, porque as igrejas têm que cuidar da fé e da espiritualidade das pessoas, e não cuidar de candidaturas, de falsos profetas ou de fariseus que estão enganando esse povo o dia inteiro".
"Eu quando quero conversar com Deus não preciso de padres ou de pastores, posso me trancar no meu quarto e conversar com Deus quantas horas eu quiser, sem pedir favor a ninguém. É assim que a gente tem que fazer para a gente não ser obrigado a escutar as pessoas contando mentiras, quando deveria estar cuidando da fé, da espiritualidade, quando deveria estar lendo a Bíblia decentemente", completou.
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