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    Lula vai insistir na suspeição de Moro para deixar a prisão política de Curitiba

    O advogado Cristiano Zanin Martins reforçou que o caso do ex-presidente Lula "requer a anulação na íntegra dos processos, em razão da manifesta parcialidade do juiz que os conduziu". Maioria dos ministros decidiu que réus delatados devem apresentar as alegais finais nos processos e não os delatores

    (Foto: Lula Marques | Senado | Ricardo Stuckert)

    247 - O advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que a defesa insistirá na suspeição do ex-juiz Sérgio Moro no processo do triplex em Guarujám (SP). O defensor preferiu não comentar a decisão do Supremo Tribunal Federal, onde a maioria dos ministros decidiu que réus delatados devem apresentar as alegais finais nos processos e não os delatores.

    "Prefiro não me pronunciar sobre isso neste momento. A meu ver o caso do ex-presidente Lula requer a anulação na íntegra dos processos, em razão da manifesta parcialidade do juiz que os conduziu", afirmou Zanin ao blog do Tales Faria, do Uol.

    O presidente do STF, Dias Toffoli, adiou para a semana que vem o debate sobre se a votação anula ou não condenações de Lula nos casos do tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia.

    De acordo com o advogado, "está mais do que comprovada essa suspeição, reforçada também pelas mensagens divulgadas pelo site The Intercept." "Nesse julgamento específico, da ordem das alegações finais, buscaremos para o ex-presidente Lula que seja dado o mesmo que aos demais jurisdicionados pela Suprema Corte", acrescentou.

    O ex-presidente Lula foi condenado sem provas no processo do triplex em Guarujá, acusado de ter recebido um apartamento como propina da OAS, mas ele nunca dormiu nem tinha a chave do imóvel.

    Uma reportagem do Intercept Brasil, publicada em junho deste ano, apontou que Dallagnol duvidava da existência de provas contra Lula, acusado de ter recebido um apartamento da OAS como propina. 

    "No dia 9 de setembro de 2016, precisamente às 21h36 daquela sexta-feira, Deltan Dallagnol enviou uma mensagem a um grupo batizado de Incendiários ROJ, formado pelos procuradores que trabalhavam no caso. Ele digitou: 'Falarão que estamos acusando com base em notícia de jornal e indícios frágeis… então é um item que é bom que esteja bem amarrado. Fora esse item, até agora tenho receio da ligação entre petrobras e o enriquecimento, e depois que me falaram to com receio da história do apto… São pontos em que temos que ter as respostas ajustadas e na ponta da língua'", destacou a matéria.



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