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    Maioria do mercado financeiro brasileiro vê governo Trump como ameaça à economia nacional, aponta pesquisa Quaest

    Levantamento mostra que 66% dos analistas e gestores no Brasil preveem impacto negativo, enquanto apenas 9% enxergam efeitos positivos

    Presidente dos EUA, Donald Trump - 13/03/2025 (Foto: REUTERS/Evelyn Hockstein)
    Luis Mauro Filho avatar
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    247 - Uma pesquisa recente da Quaest, divulgada nesta quarta-feira (19), revela que 66% dos analistas e gestores de fundos de investimento no Brasil acreditam que o governo de Donald Trump terá um impacto negativo na economia brasileira, enquanto apenas 9% veem possíveis efeitos positivos.​

    As preocupações aumentaram após a implementação, em 12 de março, de tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio pelos Estados Unidos, afetando diretamente países como Canadá, México e Brasil, segundo maior fornecedor de aço para o mercado norte-americano. ​

    A pesquisa da Quaest também indica que 74% dos entrevistados acreditam que o Brasil não deve retaliar os EUA pela taxação do aço e alumínio, enquanto 17% defendem uma resposta mais firme. Essa postura cautelosa reflete a preocupação em evitar uma escalada nas tensões comerciais que possa prejudicar ainda mais a economia brasileira.​

    Impacto nas exportações brasileiras

    Em 2024, o Brasil exportou aproximadamente 4,1 milhões de toneladas de aço para os EUA, representando 14,9% das importações norte-americanas desse produto. Com as novas tarifas, espera-se uma redução nessas exportações, pressionando o setor siderúrgico nacional a buscar novos mercados ou reduzir a produção.

    Respostas e estratégias do governo brasileiro

    O governo brasileiro considerou a medida "injustificável e equivocada" e não descarta acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC) para contestar as tarifas impostas. Entretanto, autoridades brasileiras têm enfatizado a importância do diálogo e evitado medidas retaliatórias que possam desencadear uma guerra comercial. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que "o Brasil não estimula e não entrará em nenhuma guerra comercial". 

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