Maiurino, o bolsonarista diretor da PF, remove 6 delegados para impedir investigação do orçamento secreto
Troca de seis delegados dos oito delegados do Serviço de Inquéritos (SINQ), que investiga autoridades com foro privilegiado, foi feita por ordem direta do diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino
247 - O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, determinou a troca de seis delegados dos oito delegados do Serviço de Inquéritos (SINQ) que investiga autoridades com foro privilegiado nos últimos quatro meses. De acordo com a coluna da jornalista Malu Gaspar, de O Globo, as mudanças vieram na esteira da crise aberta pela discussão da necessidade de abertura de uma investigação para apurar o chamado orçamento secreto do governo Jair Bolsonaro, um esquema bilionário em emendas parlamentares para cooptar o apoio de parlamentares no Congresso Nacional.
Segundo a reportagem, os primeiros alertas começaram em maio, após servidores da Corregedoria-Geral da União (CGU) procurarem a PF para marcar uma reunião em função de indícios de irregularidades descobertas na aplicação das emendas de relator. Ao saber do agendamento, o diretor-geral Paulo Maiurino mandou cancelar o encontro.
“No lugar dos delegados, foi o diretor de combate ao crime organizado da PF, Luis Zampronha, quem marcou uma reunião com a chefia da CGU, no dia 28 de maio na sede da PF, com o secretário de combate à corrupção e alguns auditores. Mas do SINQ, só o chefe, Leopoldo Soares Lacerda, compareceu. No registro da agenda oficial de Zampronha, a CGU aparece como solicitante do encontro”, destaca a reportagem.
“Nas conversas de bastidores, os chefes dizem que foram os auditores da CGU que disseram ainda não ter reunido provas de desvios em 2021 e que todas as brigas no SINQ foram provocadas por pessoas insatisfeitas com o espaço perdido quando Maiurino assumiu o comando da corporação”, completa o texto.
Também teria pesado na decisão de Maiurino as investigações sobre o inquérito que investigou o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e a suposta interferência política de Bolsonaro na PF.
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