Marcos do Val diz que operação da PF foi retaliação de Moraes e critica apreensão de celular
“Eu até mando um recado aqui para todos os outros senadores. Todos vocês estão sendo agora monitorados e investigados", disse o senador sobre a apreensão do seu telefone
247 - O senador bolsonarista Marcos do Val (Podemos-ES) se manifestou na noite desta quinta-feira (15) sobre a operação da Polícia Federal de busca e apreensão em seus endereços, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o parlamentar, a operação teria sido uma retaliação de Moraes contra ele. “Eu recebi na minha casa no dia do meu aniversário esse presente. Já tinha avisado a todos que pelo fato de eu ter colocado uma petição para o Alexandre de Moraes se apresentar na CPMI, porque no documento da ABIN informa que o STF e o Superior Tribunal Eleitoral também foram comunicados com antecedência. Eu também fiz movimentos claros dessa invasão de poderes e a quebra da constituição”, disse Do Val em entrevista à BandNews TV.
O senador criticou a apreensão de seu celular e afirmou que todos os outros senadores estão expostos. “Eu até mando um recado aqui para todos os outros senadores. Como eles apreenderam um celular do Senado Federal, todos vocês estão sendo agora monitorados e investigados. Ou seja, o ministro Alexandre de Moraes teve tamanha audácia de invadir meu gabinete, que é inviolável, que está na constituição. Agora todos os celulares estão expostos. É uma clara retaliação pelo fato de eu ter convocado o ministro Alexandre de Moraes”, afirmou.
Segundo o jornalista Octávio Guedes, comentarista da Globonews, Marcos do Val foi alvo da operação da PF porque divulgou informes sigilosos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). "Essa investigação sobre divulgação de documentos sigilosos se trata daqueles documentos que nós mostramos aqui no Twitter do senador, revelando os informes da Abin. Exatamente isso que levou a Polícia Federal a deflagrar, pelo menos, parte dessa operação", afirmou o analista.
A PF pediu a prisão do parlamentar, mas o Supremo Tribunal Federal negou a solicitação. Do Val foi alvo de mandados de busca e apreensão após ser acusado de atrapalhar as investigações das manifestações terroristas do 8 de janeiro, quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF).
O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) informou que está preparando um documento, para o senador Marcos do Val ser substituído por outro congressista na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas.
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