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    Mauro Cid pede ao STF liberdade provisória

    O pedido vem após a PF fechar acordo de delação premiada com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

    Mauro Cid (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

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    247 - A defesa do tenente-coronel Mauro Cid já solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberdade provisória ao militar, que ocupou o cargo de ex-ajudante de ordens do Palácio do Planalto, informou Camila Bomfim, do G1. O pedido vem após a Polícia Federal (PF) fechar acordo de delação premiada com Mauro Cid, em um caso que pode ter repercussões para seu ex-chefe, Jair Bolsonaro, uma vez que estão envolvidos no escândalo das joias árabes. 

    A solicitação vem na esteira de um pedido de liberdade da defesa do segundo-sargento Luis Marcos dos Reis, também ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Além deles, segundo o G1, o policial militar Max Guilherme, ex-segurança de Bolsonaro, deve ser liberado da prisão ainda nesta quinta-feira (7), após o ministro Moraes conceder sua soltura sob a condição de uso de tornozeleira eletrônica, de acordo com sua defesa.

    A PF estava em negociações para um acordo de delação premiada com Mauro Cid, que começou a cooperar com as autoridades em inquéritos recentes. As investigações relacionadas a Cid variam desde um esquema de comercialização ilícita de joias da Presidência até manipulações em dados de vacinação contra a Covid-19.

    Vale ressaltar que a eficácia da delação premiada está condicionada à validação pelo STF. Cid esteve na quarta-feira na sede da Corte para confirmar que vai colaborar com a PF. Agora caberá a Moraes analisar se vai homologar ou não a colaboração. 

    Cid está preso desde maio após operação da PF que investiga fraudes e adulterações em cartões de vacinas do ex-presidente e de pessoas próximas a ele. O ex-ajudante de ordens teve seu celular apreendido, o que tem ajudado a PF em outras frentes de apuração, como no caso das joias dadas por governos estrangeiros a Bolsonaro.

    No mês passado, o advogado de Cid, Cezar Bitencourt, disse que Bolsonaro pediu a seu então ajudante de ordens para "resolver esse problema do Rolex" e que seu cliente teria entregue o dinheiro da venda do relógio a Bolsonaro ou à mulher dele, Michelle Bolsonaro. (Com informações da Reuters).

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