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    Mauro Cid pode ser preso por entrar com documentos falsos nos EUA

    Entrar com documentos fraudulentos nos Estados Unidos é considerado crime federal

    Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (Foto: Edilson Rodrigues-Agência Senado)

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    247 – A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta terça-feira (19), 17 pessoas pelos crimes de associação criminosa e de inserção de dados falsos no sistema de saúde após investigação que apura esquema de fraude em certificados de vacinação contra o coronavírus. Entre os indiciados, estão o ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL) e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência.

    De acordo com a CartaCapital, a investigação aponta que Mauro Cid, a esposa Gabriela Santiago Ribeiro Cid, suas três filhas menores de idade e os seguranças do ex-presidente Max Guilherme Machado de Moura e Sergio Rocha Cordeiro entraram em território norte-americano com documentos falsos, o que é considerado crime federal.

    Por causa da pandemia do Covid-19, o governo dos Estados Unidos (EUA) passou a exigir a apresentação do comprovante da vacina contra o coronavírus para estrangeiros entrarem no país. A medida começou em 2021 e vigorou até 11 de maio de 2023.

    Gabriela Cid admitiu à PF ter usado o certificado de vacinação falso para viajar aos Estados Unidos, em 30 de dezembro de 2022. Além de ser indiciada por uso de documento falsificado, ela ainda pode responder pelos documentos fraudulentos das filhas, que embarcaram rumo aos EUA com certificados falsos.

    Mauro Cid também usou cartões de vacina falsos na mesma viagem com a família. Ele voltou ao Brasil no começo de 2023, apresentando o certificado de vacinação fraudulento à Polícia Federal. 

    Caso seja informada da fraude, a Justiça estadunidense poderá processar e julgar os investigados de acordo com a lei local, que prevê pena de prisão e também multa para quem cometeu a infração.

    Quanto ao ex-mandatário, a investigação concluiu que Bolsonaro não utilizou o documento falsificado para entrar no país, mesmo tendo emitido o cartão de vacinação de forma fraudulenta. Na ocasião, o ex-mandatário possuía o passaporte diplomático, o que o isentava de comprovar a vacinação contra o coronavírus.

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