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    MDB e PSD controlarão 38% do caixa das prefeituras brasileiras

    Juntas, as duas legendas comandarão orçamentos municipais que somam R$ 489 bilhões

    Moedas de real (Foto: REUTERS/Bruno Domingos)

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    247 - O MDB e o PSD emergiram como os grandes vencedores das eleições municipais de 2024, consolidando uma significativa influência sobre os orçamentos das prefeituras no Brasil. Juntas, essas duas siglas irão gerir mais de um terço do total, correspondendo a 38% dos recursos, o que se traduz em R$ 489 bilhões .O cenário considera 5.433 cidades que enviaram dados de orçamento referentes a 2023, todos com resultado finalizado e validado pela Justiça Eleitoral.

    Segundo um levantamento feito pela Folha de S. Paulo, elaborado com base nas receitas brutas de orçamento informadas pelos municípios nas Declarações de Contas Anuais (DCA) do Tesouro Nacional, vinculado ao Ministério da Fazenda, a diferença entre os dois partidos é de apenas R$ 20 bilhões, com o MDB comandando R$ 254 bilhões dos orçamentos municipais, ou 19,7% do total, enquanto o PSD ficará responsável por R$ 234 bilhões, representando 18,1%.

    A reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo, onde derrotou Guilherme Boulos (Psol) no segundo turno, é um fator crucial para o controle substancial do orçamento do MDB. A capital paulista, com um orçamento de R$ 107 bilhões — o maior do país — representa 42% de tudo que estará sob gestão da sigla.

    Além de São Paulo, o MDB também assumirá a responsabilidade pelas capitais Porto Alegre, Belém, Boa Vista e Macapá, que juntas somam R$ 22 bilhões. Por outro lado, o PSD, liderado por Gilberto Kassab, conquistou o maior número de prefeituras do Brasil e controla orçamentos robustos. Aproximadamente um terço do montante do partido provém de cinco capitais, destacando-se o Rio de Janeiro, com um orçamento de R$ 46 bilhões em 2023.

    Eduardo Paes, reeleito no primeiro turno com 60,5% dos votos válidos (1.861.856 votos), continuará no comando da cidade. O PSD também celebrou reeleições em outras capitais, incluindo Eduardo Braide em São Luís, Topázio Neto em Florianópolis, Fuad Noman em Belo Horizonte e Eduardo Pimentel em Curitiba, que juntos acumulam uma receita bruta anual de R$ 42 bilhões.

    Outros orçamentos significativos sob a gestão do PSD incluem cidades paulistas como São José dos Campos (R$ 4,7 bilhões) e Ribeirão Preto (R$ 4,6 bilhões), além de Londrina (PR), com R$ 3,7 bilhões.

    Na terceira posição, o PL, de Jair Bolsonaro, garantiu uma parcela considerável do orçamento para o próximo ano, assumindo a gestão de ao menos R$ 163 bilhões. O partido conquistou quatro capitais, incluindo reeleições no primeiro turno com Tião Bocalom, em Rio Branco, e João Henrique Caldas (JHC), em Maceió, além de vitórias em segundo turno com Abilio Brunini, em Cuiabá, e Emília Corrêa, em Aracaju.

    A maior parte do orçamento a ser controlada pelo PL não vem de capitais, mas de cidades de médio e grande porte do interior paulista, como São José do Rio Preto e Mogi das Cruzes, Saquarema (RJ), Itajaí (SC) e Blumenau (SC).

    Depois do PL, aparecem União Brasil e PP, que terão respectivos R$ 120 bilhões (9,3%) e R$ 119 bilhões (9,2%) sob seus comandos. A quinta posição é do Republicanos, com uma fatia de 7,4%, que representa R$ 95 bilhões.

    O PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece no ranking com uma parcela de 4,7% dos caixas das prefeituras brasileiras a partir do próximo ano. O valor corresponde a R$ 60 bilhões.

    A sigla conquistou apenas uma capital nesta eleição, Fortaleza, com a vitória do deputado estadual Evandro Leitão (PT) sobre André Fernandes (PL) por uma diferença de apenas 10.838 votos.

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