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MEC suspenderá implementação do novo ensino médio por 60 dias

Segundo o ministro Camilo Santana, o processo foi realizado sem diálogo adequado e, por isso, ele optou por manter o diálogo com os setores envolvidos

O novo ministro da Educação, Camilo Santana, assumiu o cargo hoje (2), na sede da pasta, em Brasília (Foto: © Luis Fortes/MEC)

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247 — O ministro da Educação, Camilo Santana, decidiu suspender o cronograma de implementação do novo ensino médio por um período de 60 dias, o qual havia sido estabelecido em uma portaria durante o governo de Jair Bolsonaro. Essa medida acarretaria mudanças no Enem 2024.

Segundo o ministro, o processo de implantação do novo ensino médio foi realizado sem diálogo adequado e, por isso, ele optou por manter o diálogo com os setores envolvidos. “O processo da implantação dele [do novo ensino médio] foi atropelado e há uma reclamação muito forte de setores. Vamos manter o diálogo”, disse Camilo Santana.

A reforma do ensino médio foi aprovada por uma medida provisória em 2017, durante o governo golpista de Michel Temer (MDB). Desde o início de sua gestão, Camilo destacou a falta de diálogo no processo de aprovação e implementação do novo ensino médio. 

Em uma entrevista anterior ao Diário do Nordeste, o ministro já havia indicado sua intenção de suspender as mudanças no Enem 2024. A justificativa de Camilo é que, com a consulta pública em andamento, é necessário analisar os problemas da reforma antes de tomar uma decisão definitiva. 

Camilo afirmou que houve erros na condução da execução da reforma e que faltou orientação, formação de professores e adaptação da infraestrutura das escolas. Ele ressaltou que não se deve realizar mudanças no ensino de uma hora para outra e que, como governador na época, sentiu a falta de diálogo. 

“Avaliamos que houve erro na condução da execução. Não houve orientação, não houve formação de professores, nem adaptação para infraestrutura das escolas. Não se faz uma mudança no ensino de uma hora para outra, faltou diálogo e eu como governador senti isso à época”, afirmou.

O pronunciamento do ministro ocorreu após sua reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na qual também discutiram temas como programas de alfabetização e escola em tempo integral.

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