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    Miguel Reale Jr: há elementos para prisão preventiva de Bolsonaro no caso das joias

    'A prisão preventiva se justifica para evitar que pessoa com poder possa interferir para evitar a obtenção de provas', afirmou o jurista

    Miguel Reale Jr. (à esq.) e Jair Bolsonaro (Foto: Zeca Ribeiro/Senado | PR)

    247 - Um dos autores do parecer do golpe contra Dilma Rousseff (PT), o jurista Miguel Reale Jr. agora afirma que existem elementos suficientes para a prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL) no caso das joias. De acordo com o analista, o ex-ocupante do Planalto tentou destruir provas de que presentes recebidos de governos de outros países iriam para o patrimônio pessoal, e não para o acervo do Estado brasileiro, como pede a lei.

    "Alguns elementos de prisão preventiva aparecem porque a prisão preventiva se justifica para evitar que pessoa com poder, nesse caso, possa interferir para evitar a obtenção de provas. E esse fato da recompra do relógio, que é obstrução de provas, sem dúvida nenhuma, justificaria uma prisão preventiva", disse o jurista em entrevista ao portal Uol.

    "Eu gostaria que a prisão preventiva viesse fundamentada com relação a novos acontecimentos possíveis de deturpação da prova para que não se faça uma prisão preventiva por atos passados. Mas creio que o que aconteceu com relógio demonstra que ele tem capacidade de intervenção para deturpar apurações", acrescentou.

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