Militares e Múcio pressionam Lula por anistia
Pelo menos 25 militares, incluindo seis generais, estão entre os 37 indiciados pela PF no inquérito do plano golpista
247 - O ministro da Defesa, José Múcio, e comandantes das Forças Armadas pediram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para conceder anistia a militares alvos do inquérito da Polícia Federal sobre o plano golpista. A informação é da jornalista Eliane Cantanhêde. Três militares - general Tomás Paiva (Exército), almirante Marcos Olsen (Marinha) e brigadeiro Marcelo Damasceno (Aeronáutica) - participaram da reunião esta semana em Brasília (DF).
Pelo menos 25 militares, incluindo seis generais, estão entre os 37 indiciados pela PF após acusações de participação na trama golpista, que pretendia assassinar o presidente, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
O empresário Tony Garcia, que vem nos últimos anos denunciando ilegalidades do ex-juiz suspeito Sergio Moro, afirmou que, "pelo andar da carruagem, os comandantes das forças estão totalmente alinhados com o discurso do ex-presidente Bolsonaro".
"Publicamente, a posição da Defesa e das três Forças é que não há nenhuma ingerência e nem mesmo pedido de informações nem à Polícia Federal nem ao Supremo Tribunal Federal sobre o andamento das investigações e as apurações. O presidente Lula já recebeu sinalização do PT que, incluído os condenados na Lava Jato no projeto da anistia, a aprovação poderia se dar quase que por unanimidade. Em política, elefante voa!", acrescentou.
Entre os indiciados pela PF, estão Jair Bolsonaro (PL) e ex-ministros do seu governo como Walter Braga Netto (Defesa), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional). Para condenação por golpe de Estado a pena é de 4 a 12 anos de prisão.
O tempo de reclusão vai de 4 a 8 anos para Abolição violenta do Estado democrático de Direito e de 3 a 8 anos para o crime integrar organização criminosa: 3 a 8 anos de prisão. Em 2024, Bolsonaro foi indiciado em 3 inquéritos - plano golpista, joias sauditas e fraude no cartão de vacinas.
Atualmente, Bolsonaro já está inelegível por fake news em 2022, quando fez uma acusação sem provas e afirmou a embaixadores, em Brasília (DF), que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes.
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