Militares presos ao planejar morte de Lula vão para prisões diferentes
Eles foram detidos na manhã da terça-feira (19) no Rio de Janeiro
247 - Os quatro militares presos pela Polícia Federal (PF) sob a acusação de conspirar para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022 foram transferidos para diferentes unidades prisionais do Exército, todas localizadas no Rio de Janeiro e região metropolitana. A informação foi divulgada pelo Metrópoles, que apurou que a separação foi uma medida estratégica para impedir que os detidos se comunicassem.
Os detidos são o general da reserva Mario Fernandes e os tenente-coronéis da ativa Helio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra Azevedo e Rafael Martins de Oliveira. Segundo fontes da caserna e da PF, eles foram capturados em diferentes circunstâncias na terça-feira (19).
Prisões em momentos distintos
Mario Fernandes foi preso em Deodoro, na zona oeste do Rio, enquanto participava da formatura de seu filho, que é capitão do Exército e estava se formando na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais. Já Helio Ferreira Lima foi detido ao desembarcar no Aeroporto do Galeão. Ele estava na cidade para prestigiar uma formatura militar em Niterói, de acordo com fontes ligadas ao caso.
Os outros dois oficiais, Rodrigo Bezerra Azevedo e Rafael Martins de Oliveira, também foram localizados no estado do Rio, mas detalhes de suas capturas não foram divulgados até o momento.
Estratégia de isolamento
A decisão de separar os militares em unidades prisionais diferentes foi tomada para evitar que os suspeitos trocassem informações ou coordenassem qualquer estratégia conjunta de defesa ou ocultação de provas. Segundo fontes ouvidas pelo Metrópoles, esse tipo de divisão é comum em casos que envolvem mais de um investigado, principalmente em crimes de grande repercussão.
Contexto e investigação
Embora os detalhes sobre o suposto plano contra o presidente Lula não tenham sido amplamente divulgados, a PF investiga as possíveis conexões dos suspeitos com grupos que se opuseram ativamente ao resultado das eleições de 2022 e à posse do atual governo.
O caso reacende debates sobre a infiltração de elementos radicais em instituições militares e os riscos à estabilidade democrática. A investigação ainda está em curso, e as autoridades não descartam a possibilidade de novos desdobramentos e outras prisões.
A prisão dos militares acontece em um momento de atenção redobrada à segurança do presidente e às possíveis ameaças de grupos extremistas, reafirmando a importância de uma resposta coordenada entre as forças de segurança pública e as instituições militares para evitar quaisquer atentados contra a democracia brasileira.
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